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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Nome: Geovana Jardim E-mail: [email protected] Telefone: (31) 34867848 Cidade/UF: Belo Horizonte / São Romão/MG (...) Neste domingo, a partir das 8 da manhã, em São Romão/MG, no Sítio do Tira Barro será realizada a gravação do Batuque de Dona Maria para a compilação em CD-livro duplo. (...). Um dia muito especial para o grupo de 30 pessoas que mantém viva uma tradição secular na beira do São Francisco. Dona Maria do Batuque (77 anos), filha de Dona Ernestina, sustenta a tradição da festa do batuque há 70 anos. Diante da possibilidade de que essa manifestação se perca, o projeto pretende realizar: gravação das músicas que compõem a manifestação; composição de livro-encarte com as transcrições das letras e músicas em partituras, além de informação histórica sobre o batuque e divulgação do cd duplo. As gravações se iniciaram no último dia 04 de julho e acontecerão até dia 11, sendo a gravação do grupo no próximo domingo, dia 08 de julho, no Sítio do Tira Barro, aonde o grupo de 30 pessoas dançará o batuque e cantará para a gravação de 10 faixas do CD. O projeto foi idealizado por Rafael Duarte, que ministrou aulas de música na região, estando próximo da manifestação por 8 meses quando pode perceber que é possível dar sua contribuição para a preservação deste bem imaterial, a cultura ribeirinha do batuque de Dona Ernestina. (...) Imagina-se, através de relatos, que o Batuque de Dona Ernestina seja o único em Minas Gerais. (...) Local: Sítio do Tira Barro Com a Dona Maria (músicas solo): Período: de 04 a 11 de julho Local: casa de Dona Maria - Rua Floresta, 84 - Beira Rio - São Romão Informações: Geovana Jardim - Produção e Assessoria de Imprensa - (38)3624-1341 (em São Romão - Hotel São Lucas - quarto 15) Jardim Produções: (31)3486-7848 / 9243-2575 (em Belo Horizonte) O PROJETO O batuque de Ernestina é uma tradição musical secular herdada por Dona Maria, filha de Dona Ernestina. Há setenta anos ela dança a festa no terreiro da sua casa. Também fazem parte da manifestação os tocadores de roncador (instrumento de origem africana similar à cuíca), caixa, além das mulheres que cantam, batem palmas e dançam. O grupo tem 16 integrantes, entre crianças e velhos, e é, exclusivamente, negro. As músicas retratam fatos e costumes atuais de São Romão, aspectos naturais da região e fatos e costumes do passado. Como é próprio do batuque, há um refrão, iniciado por Dona Maria, e um coro responsório. Antigamente, todo sábado era dia de batuque. Hoje, ele acontece em comemorações, eventos ou outras situações esporádicas.De acordo com relatos a manifestação acontece há mais de 100 anos, mas não existe registro algum. ´Quando eu dançava, já com sete anos, meus avós já dançavam desde que eram criancinha´, Dona Maria. ´Felão vei? Num vei não Por que num vei Num sei não´ Verso do Batuque de Dona Ernestina, executado por Dona Maria, citado na obra ´Magma´ - 1939, de Guimarães Rosa, livro vencedor do I Concurso Nacional de Poesia da Academia de Letras; São Romão está localizada na margem esquerda do rio São Francisco, numa região de difícil acesso, pois é limitada por mais dois rios: Urucuia e Paracatu. Sua fundação está associada ao desbravamento do interior e escoamento e controle do ouro proveniente do Rio das Velhas. No século vinte, São Romão foi importante centro distribuidor de sal e participou ativamente do comércio desenvolvido no São Francisco através da navegação a vapor. Com a fama (difundida pelos trabalhadores dos vapores) de cidade de feitiçaria e com o fim das atividades nos vapores, São Romão foi perdendo sua importância econômica. Porém, ainda é, talvez, o maior centro de cultura popular da região. Além do batuque, há em São Romão folias, pastorinhas, caboclinhos, boi de reis, congado e a dança de são gonçalo. O batuque é uma manifestação musical brasileira surgida das rodas de danças africanas. Algumas dessas danças tinham como característica coreográfica comum o uso da umbigada e por isso eram chamadas de semba. Assim, a partir das rodas de batuque identificadas com a semba africana desenvolveu-se o samba. Algumas das estruturas musicais provenientes do batuque podem ser identificadas até hoje: compasso binário, estribilho fixo entoado por um coro e versos cantados ou improvisados por uma pessoa, palmas com ritmo sincopado, etc. Porém, praticamente não se dança mais o batuque no Brasil (exceto no interior de São Paulo e da Paraíba, onde a manifestação luta para não perder-se) e a maioiria dos registros que se tem a respeito da festa provêm de romances brasileiros no final do século XIX. Outra justificativa para este registro parte da análise de que faltam registros sobre a manifestação no meio acadêmico, o que dificulta o acesso a pesquisadores que possam utilizar a fonte para sua própria criação artística e para a manutenção da música regional brasileira.

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