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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de setembro de 2024
 

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Mensagem: A Solução para o Campo A Sociedade Rural de Montes Claros, ao completar no próximo mês os seus 63 anos, demonstra a sua competência ao longo da sua historia, quando promove no período da Exposição Agro Pecuária um Seminário de Agro Energia, voltada sobretudo para a questão do Biodiesel. Muito tem noticiado em torno da instalação da fabrica da Petrobrás aqui em Montes Claros, o que é louvável, mas pouco se falou da transformação que o biodiesel poderá proporcionar ao homem do campo. O Plantio e a produção de oleoginosas terá mercado em varias áreas, cm destaque para a mamona que, alem de ter mercado internacional, tem o seu óleo utilizado em mais de 500 tipos de produtos industriais, entre eles, na fabricação de silicone, próteses, tintas e vernizes etc. Na cultura de sequeiro a mamona tem apresentado pouca produtividade mas, em áreas irrigadas no Norte de Minas, a produtividade chega a seis mil quilos por hectare, o que transforma esta cultura em um excelente negócio. A CEMIG, em conjunto com o CETEC e a Universidade Federal de Itajubá , estão desenvolvendo diversos estudos para viabilizar o funcionamento de motores estacionarios através da utilização apenas do óleo vegetal. Hoje o Norte de Minas conta com vários projetos de irrigação como o Jaiba, Gorutuba, Pirapora e Estreito onde a energia elétrica é um dos pontos que mais onera o custo de produção. De 1999 a 2005, o custo do MW subiu de R$ 63,00 para R$185,00 e segundo a Gazeta Mercantil a energia livre devera ter um aumento nos próximos quatro anos em torno de 300%. Tais valores praticamente poderão afetar de uma maneira trágica o custo final da produção do campo. Hoje a conta mensal de energia do Projeto Jaiba, para bombear as águas dos canais devem estar aproximando dos 400 mil. Se os produtores investirem na idéia da geração desta energia através de um sistema de motores estacionários, poderá estar utilizando cem por cento do óleo vegetal. Produziria as oleoginosas que seria a fonte energetica das bombas do Jaiba. Além de reduzir o custo operacional, estaria vencendo um problema que praticamente ira afetar a economia nos próximos anos devido ao aumento do custo da energia. Isto sem falar que os agricultores poderão utilizar o mesmo sistema para abastecer a frota de tratores em funcionamento no perímetro irrigado. O biodiesel é usado puro ou misturado ao diesel. As primeiras experiências foram dos alemães que começaram a mais de 20 anos atrás. Hoje, na Alemanha, os postos vendem até biodiesel puro, chamado B-100. A maior usina do mundo, da americana ADM, fica em Hamburgo, com capacidade para 600 milhões de litros por ano. Nos Estados Unidos, o avanço é rápido. Em 2005, havia 35 usinas naquele pais. Hoje são 105. Agora no SÉCULO XXI, avulta a questão de segurança energética, e a agroenergia se transforma em um novo paradigma agrícola mundial. A produção de Biodiesel também esta a todo vapor nos EUA. A projeção da USDA indica que, na temporada 2007/2008, 19% do óleo produzido pela industria dos EUA serão convertidos em combustível. Na safra passada, foram 13%. Assim esperamos que através do Seminário de Agro Energia, seja criado um Grupo de Trabalho do Biodiesel, que viria organizar uma prospecção tecnológica do agro negocio na região. Entre as atividades a serem desenvolvidas citamos algumas: - Promover a interação entre os diversos atores ( Governo, Universidades, Empresas Privadas, ONG´s, agentes financeiros entre outros ) interessados na cadeia produtiva do Biodiesel; - Organizar base de dados e conhecimento do agronegocio da região norte mineira para suporte à tomada de decisão; - Identificar nichos diferenciais frente ao cenário nacional; Um sistema de agro energia requer mais desenvolvimento tecnológico e mudanças institucionais. Um antigo pensamento diz que ” Repensar o paradigma energético não é uma alternativa, mas uma necessidade”. Devemos aproveitar este momento, onde o Brasil repensa uma política de agroenergia, para colocarmos o Norte de Minas na vanguarda da produção de oleoginosas. Sem dúvida o futuro norte-mineiro passa pela criação de um pólo de óleos vegetais. Toda região em desenvolvimento sempre conta com uma matriz energética, um gasoduto ou um pólo petroquímico, o que nunca via acontecer aqui nos Gerais de Minas. Mas o Pólo de Óleos Vegetais será o nosso diferencial. Acordem norte-mineiros... (*) Luciano Meira é diretor da Linha Direta Consultoria & Negócios e consultor na Área de Agro Energia.

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