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Mensagem: O nome de Darcy Manoel Hygino dos SantosNão são segredos, mas fatos pouco conhecidos. A história está cheia deles. Permanentemente se encontram revelações maiores ou menores sobre lugares e pessoas. O grande fascínio do pesquisador reside precisamente em encontrar um desses magníficos veios ou a revelação do desconhecido, por múltiplas razões.Aconteceu, por exemplo, com Darcy Ribeiro, grande personalidade deste Brasil e das Américas, com idéias claras, corajosas, que manifestou pessoalmente, pelos meios de comunicação, em todas as formas, sobretudo em livros de superior conteúdo.Sobre ele, publiquei um pequeno livro, ‘Darcy, o ateu‘; Amelina Chaves aqui semelhantemente, e muito ainda se falará e se contará a respeito do desabusado - ou abusado? - filho do casal Reginaldo Ribeiro e Fininha Ribeiro, professora, esta nome de importante via pública, na cidade do mortal escritor e etnólogo.Recentemente, Haroldo Lívio desvendou o que poucos possivelmente sabiam: o verdadeiro e completo nome do ex-chefe da Casa Civil de Jango. Haroldo, advogado, escritor, autor de ‘Nelson Viana, o personagem‘, tem verve e pesquisa, conscientemente tudo que existiu e existe no norte de Minas.Ao ensejo do sesquicentenário de Moc, do ser perguntado, Haroldo Lívio respondeu, tranqüila e imediatamente: o nome completo e verdadeiro era: ‘Marcos Darcy da Silveira Ribeiro‘, o que causou surpresa, quando não estranheza.A dúvida foi levada ao secretário de Cultura, que tampouco ouvira a respeito e considerou a informação equivocada. Ligou-se, para esclarecer, para Paulo Ribeiro, autoridade no município, sobrinho do autor de ‘Maira‘, com o qual convivera muitos anos. Paulinho igualmente negou a versão de Haroldo Lívio, com base ao que sabia. Darcy sempre fora Darcy e jamais receberá outro prenome.Ocorreu o seguinte, segundo Haroldo Lívio, fundamentado no esclarecimento de Hélio de Morais, cidadão do mais alto conceito e ligado à própria família Ribeiro, por casamento: os pais levaram a criança à pia batismal na igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição e São José, para receber o nome e Darcy.Acontece que o sacerdote, celebrante do ato, cônego Marcos Van In não aceitou o nome escolhido pelos pais, sob a alegração de que não era de santo. Diante do problema, apelou-se para o ‘jeitinho‘. Foi batizado como Marcos Darcy, com o que se seguia o costume, homenageava o cura e se agradava aos genitores. É o que deve constar do batistério, embora do registro civil possivelmente ser apenas Darcy.A versão agora tornada pública foi confirmada por Roberto Plínio Ribeiro, primo em primeiro grau (carnal se diz lá, no norte de Minas) de Darcy. E não há nisso novidade maior. O próprio autor do relato (esclarecedor ou suscitador da dúvida), lembra que fato semelhante acontecera consigo mesmo.Quando levado à matriz de Contendas, o padre Manuel Callado não silenciou. Exigiu outro nome para o batismo, sob argumento de desconhecer algum santo chamado Haroldo. Por outro lado, porém, o registro civil assim já fora feito pelo escrivão Chico Pinto.O pai não se conteve: ‘Sou eu que escolho o nome de meus filhos e não vejo autoridade com poderes para impor outro nome. Se a criança não pode ser batizada com o nome que lhe dei, eu a levo de volta para casa. E não se fala mais nisso!Diante de uma conversa ao pé do ouvido, entre os padrinhos e o sacerdote, resolveu-se: o menino saiu com o nome que hoje tem.
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