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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de setembro de 2024
 

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Mensagem: DO BOLA PRETA AO ALHAMBRA<br><br>1947; A espelunca do Bola Preta estava localizada na Rua Altino de Freitas, próximo ao Beco dos Marimbondos. Teve vida curta, pois vendia fiado à notívagos, “habitues” da noite: Zé Paraíso, Walquir Jansem, Flavim, Sirim, Zé Cabecinha, Mamoeiro, Tião do Banco (ainda pobre),<br>No estoque da casa apenas um quinto de cachaça curraleira, uma garrafa vazia para intermediar o serviço de balcão e um só copo de vidro para todos.<br>Era a mais pura fraternidade dos bons de gole. E como até o dono do bar participava da bebedeira, as portas eram fechadas às 10h30min. Já estava todo mundo de fogo! O tira-gosto era sempre o mesmo. Três metros de lingüiça curraleira, que o Zé Paraíso trazia enrolada na cintura por baixo do paletó.<br>Untavam o tira-gosto com cachaça e sapecavam fogo comendo o petisco muito mal passado, com muita sofreguidão.<br>Ao saírem do bar, a turba já embriagada passava em frente à casa do professor Cristiano Três Forquilhas, um “certinho,” fazendo-o torcer o nariz em represália.<br>No dia do fechamento da casa, estando o Bola Preta já falido, este jogou a chave no telhado, deixou as portas abertas e se mandou com a farândola para comemorar o encerramento das atividades e a sua conseqüente quebradeira. A farra só terminou altas madrugadas no Hotel Alhambra.<br>O Hotel Alhambra onde se alojavam as mulheres esculturais que vinham fazer ponto, ou shows no fantástico Cassino Minas Gerais e que ficava localizado no primeiro andar do prédio de João Rodrigues ainda hoje em pé, na confluência das ruas Lafetá e Carlos Gomes. Usado também para memoráveis noites de farra e de alcova, em seus grandes quartos.<br>Lá, ao chegarem para o fechamento das comemorações com chave de ouro, depararam com uma inusitada cena de Feline.<br>Conhecido fazendeiro oriundo de tradicional família de pecuaristas havia subido a escada encerada montado no seu cavalo alazão. Dançava no salão impunemente, ao som de um bolero mostrando a capa poli - crônica do seu Ego campesino.<br>A troça terminou em mutirão que uniu as sempre belas mulheres do Alhambra com os cavaleiros notívagos, numa operação de resgate escada abaixo, com o animal amarrado por cordas e levado até à rua. O pai de Maçarico era o porteiro.<br>Foi uma farra com gente escorregando e rolando pelas escadas abaixo, todos já muito tomados, resultado da bebedeira que tomaram para comemorar a subida do cavalo. Dava gosto ver as esculturais damas da noite de vestido “tomara que caia”, saias tipo garotas do Alceu, boinas, brincos de balangandãs e muita jóia coco e ouro. No ar o cheiro do lança perfume “Rodoro” se misturava às fragrâncias de Lorigan francês, ou mesmo do Nuit de Noel. (A escada ainda hoje está preservada.)<br>Era o mais puro romantismo!<br>O Bola Preta está hoje com 92 anos e ainda mora no centro. Prevaleceu desse exótico acontecimento, o dito sempre citado por Ibrahim Sued “cavalo não desce escada”, e “à demian”, que eu vou em frente!<br><br> <br>

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