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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de setembro de 2024
 

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Mensagem: GALINHA CAIPIRA, FAROFA DE TATÚ.<br><br>Dos saudosos anos 70 aos anos 90 o “point” das quartas-feiras à tardinha era a galinha caipira e a farofa de tatu, na casa da Zinha, no trevo da Cowan. Políticos, empresários, bancários, homens de sociedade, se reuniam em fraternidade para saborearem as delícias da cozinha da cafetina.<br>Moradores próximos encomendavam porção da tão apreciada culinária tropical.<br>O ambiente se transformava em restaurante e os freqüentadores, pouco se atinham às artes de Vênus. Um dos motivos comentados era o banheiro único coletivo, no corredor de acesso ao salão principal. Com tantas celebridades às mesas, a maioria das mulheres não se aventurava a desfilar de toalhas pelos corredores.<br>Comemorava-se o retorno de Darcy Ribeiro, quando o mesmo já alto e bem ao seu modo franco, dirigiu a palavra em público ao seu irmão e lhe sugeriu a construir para aquela casa de entretenimentos, quartos com banheiros privativos, propiciando tranqüilidade e conforto aos adeptos da cozinha e da luxúria.<br>Numa farra em homenagem ao presidente do Tribunal de Justiça, que se fazia acompanhar de seus assessores e da sua secretária de gabinete, conhecido bacharel ligado profissionalmente à política da situação, estando já embriagado e inconveniente falava, aos gritos à mesa. A secretária do convidado solicitou que ele baixasse a voz, pois estava atrapalhando a conversação.<br>Petulante como era e por estar na zona boêmia, retrucou: “cala a boca você, rapariga! Mais tarde eu te procuro”. Foi o maior qüiproquó, deu rebú.<br>Zinha comemorava anualmente em 27 de setembro a festa de “Cosme e Damião” com grande presença de convidados. A sua casa era referência para visitantes.<br>Sendo ordeira, metódica, e obediente à maioria das leis, checava todos os que batiam à porta de sua casa. Só entravam conhecidos, ou algum estranho sendo apadrinhado por freqüentador habitual. Mantinha a “respeitabilidade” no seu ambiente comercial. Conhecido jovem contador, embora já de maior idade e casado foi barrado por ser de estatura mignon “e parecer” de menor. Só entrou apadrinhado!<br>O episódio mais comentado foi o de conhecida professora, ligada à política e de tradicional família local, que resolveu adentrar ao recinto, visando dar um susto nos adúlteros freqüentadores e constatar se o seu velho marido não lá estava.<br>Ela era dotada de temperamento extrovertido e brincalhão. Arcanjo, bancário conhecido na sociedade e solteirão, porém adiantou-se a ela, prevenindo aos comensais comedores das bípedes, que se esconderam nos quartos.<br>A professora foi recebida condignamente, comeu um bom naco de galinha caipira, tomou uma cerveja, proseou com as meninas de plantão e, ao sair, trocou beijinhos e foi gentilmente conduzida até à porta, pela alta administração da casa.<br>Tudo muito chique. Arcanjo está a disposição para maiores esclarecimentos.<br><br> Raphael Reys<br>

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