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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de setembro de 2024
 

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Mensagem: As melhores do Enade<br><br>A UFMG (Universidade federal de Minas Gerais) não é a melhor universidade do Brasil, assim como a Unimontes (Universidade estadual de Montes Claros) não é a segunda colocada nesse “ranking”.<br>As duas foram classificadas em primeiro e segundo lugares, respectivamente, considerando-se o desempenho que tiveram seus alunos nas últimas três edições do Enade (Exame nacional de desempenho dos estudantes), que integra o Sinaes (Sistema nacional de avaliação da educação superior), cujo objetivo é aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências.<br>O Enade é realizado, anualmente, por amostragem e a participação no exame constará no histórico escolar do estudante. Reúne universitários que estão no início e no fim de cursos escolhidos entre os vários de cada instituição. A prova compõe-se de questões de conhecimento geral, iguais para todas as áreas, e de conteúdos específicos. Uma amostra de estudantes é sorteada para o teste e, embora eles sejam obrigados a comparecer, podem entregar a prova em branco, o que acontece com freqüência como forma de protesto em diversas faculdades.<br>O jornal “O Globo”, que praticamente não circula em Montes Claros (tem 3 ou 4 assinantes na cidade), fez levantamento usando números das três últimas edições do Enade, computando dados apenas de instituições de médio e grande porte que já receberam pelo menos doze conceitos no exame. A UFMG aparece com 32 notas máximas em 40 cursos, o que corresponde a 80% (ou nota 8) e ficou em primeiro lugar. A Unimontes, com 22 cursos, obteve 13 notas, alcançando média 59,09% (ou nota 5,91) conquistando o segundo lugar.<br>Apesar de a nota não ter sido expressiva, o fato é que o desempenho dos alunos da Unimontes foi satisfatório, justificando-se a euforia que tomou conta da comunidade acadêmica local. Mas a comemoração extrapolou os limites do levantamento, com base no qual se pode afirmar apenas que a universidade local é a segunda colocada na avaliação do Enade, o que não é pouca coisa, mas bem diferente de ser a segunda melhor do Brasil. Basta dizer que, abaixo dela, estão instituições bem mais antigas e mais conhecidas, como as federais de Juiz de Fora (3º lugar), Viçosa (4º), Rio Grande do Sul (6º), Ouro Preto (10º), Rio de Janeiro (23º) e a PUC mineira (40º). Ficaram de fora da pesquisa algumas tidas como pesos-pesados (a USP e a Unicamp, por exemplo), que nunca participaram do Enade devido a boicote promovido pelos estudantes.<br>Segundo O Globo, nas três edições do Enade sob exame, foram avaliados 9.144 cursos, dos quais apenas 529 alcançaram a nota máxima, equivalendo a 6% do total. O predomínio das escolas públicas é evidente, já que a maioria das instituições privadas jamais recebeu uma única nota máxima. O fato se explica pelo rigor do processo de seleção aplicado pelas universidades públicas, mais difícil do que os das escolas particulares, e por contarem aquelas com os melhores professores e infra-estrutura mais completa.<br>Dias após o levantamento do Globo, o jornal “Estado de Minas”, de Belo Horizonte (edição de 4 de agosto) publicou em destaque o resultado de pesquisa feita pela Shanghai Jiao University, da China, apontando as 500 melhores universidades do mundo. Entre elas figuram apenas cinco brasileiras: a USP (Universidade de São Paulo), a única brasileira entre as 200 primeiras; seguindo-se a Unicamp (Universidade estadual de Campinas), a UFRJ (federal do Rio de Janeiro), a Unesp (estadual de São Paulo) e a UFMG (462ª posição).<br>O critério utilizado para a seleção das 500 melhores do mundo (os Estados Unidos têm 17 entre as 20 primeiras) foi o desempenho em pesquisas acadêmicas, número de publicações em revistas especializadas, quantidade de patentes registradas de invenções e descobertas científicas e premiação de alunos e equipes.<br>Esses requisitos, sim, apontam as melhores, porque aferem a estrutura das instituições observando conceitos universais. O trabalho do Enade é importante, mas centrado na avaliação do aluno. Com apenas 40 anos, mais da metade dos quais sob a égide da heróica FUNM, a Unimontes encontra-se em fase de consolidação e tem ainda muito caminho a percorrer. O que conquistou até agora lhe abre perspectivas favoráveis.

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