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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de setembro de 2024
 

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Mensagem: LEONEL CARA CORTADA<br>
Era esse mesmo o seu apelido: Leonel Cara Cortada, ou Leonel Estrelinha. Chapa de armazém por profissão exercia o seu oficio no atacado de cereais nas ruas Carlos Gomes e Coronel Joaquim Costa, onde era temido pela sua personalidade bufa, zombeteira, praticante e patrocinador de violências gratuitas. Um tremendo pega-mal!<br>O seu semblante tinha um aspecto vertical, por cicatrização de cortes feitos por navalha, numa constante amostragem de um resultado perfuro cortante. Com o biótipo de banto, bastante alto, musculoso, parecia um atleta olímpico. Tinha uma voz metálica, que chamava a atenção de todos os presentes e passantes quando conversava ou mesmo dava as suas gargalhadas estridentes onde bem estivesse.<br>Em todos os locais que trabalhava ou trafegava, nas imediações da sua residência no inicio do bairro Delfino Magalhães, nas noitadas em lupanares e botecos sujos, arranjava sempre confusão. Era um trapalhão contumaz. Um mestre da quizila.<br>Era um filho das ruas, criado na larga, sem nenhum código de postura moral. Não tinha amigos era um fanfarrão solitário. Dobrasse ele alguma esquina da cidade, e assustava quem se locomovia em sentido contrário. Ousado, pedia dinheiro aos passantes intimidando-os com a sua mística de malandro urbano, e de violento.<br>Carregando ou descarregando algum caminhão, disputava a comissão do carreto com os demais colegas de profissão, gerando sempre prejuízo ao serviço.<br> Um ser trágico, chegado à comedia jocosa, um gozador debochado, estava sempre riliando alguma pessoa. Rolando engalfinhado pelo chão com algum contendor, sorria a bandeiras despregadas, irritando o opositor e procurando desmoralizá-lo com a sua zombaria.<br>Presenciei um luta do mesmo com um gerente de armazém atacadista de cereais. O homem armado com uma travanca de ferro, usada para reforçar porta metálica, aplicava golpes violentos nas suas costas. O instrumento batia e voltava como se atingira um pneu de caminhão. Ele, às gargalhadas, enquanto era agredido.<br>Irrompia-se gritaria na zona boêmia, era Leonel sem dúvida, aprontando mais uma, desentendendo-se com algum freqüentador, ou mesmo com uma dama da noite.<br>Em uma ação na qual surrupiara a barra de direção de uma Rural Wills estacionada no centro comercial da cidade, para vendê-la a terceiros, foi caçado e capturado pela autoridade policial. Quem ficou preso foi o comprador, acusado de receptador e que na ocasião, portava o produto do roubo.<br>Dotado de excelente memória e jogo de cintura, se virava nas acareações, saindo sempre livre e culpando a outra parte, confundindo a polícia ou mesmo a vítima.<br>Terminou a vida executado com seis disparos de revolver, desfechados por um vizinho cuja esposa estava sendo assediada por ele, o que acontecia quando voltava para casa já embriagado.<br>

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