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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de setembro de 2024
 

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Mensagem: INÊS É VIVA!

Nos anos 50, do século passado, quando eu residia na hoje desfigurada Coronel Prates, pertinho do extinto Colégio Diocesano, tinha o hábito de assistir, em seu liso e poeirento campo de terra batida, partidas de futebol que o bom time de seus estudantes, internos ou não, disputava contra outras equipes da cidade. Ali despontaram vários craques, dentre eles um goleiro brasilminense, que jogava com o uniforme todo preto e fazia pontes incríveis. Em Belo Horizonte, há mais de quinze anos, participo de encontros da “Turma do 6 e 1”, onde cultivo alguns amigos históricos. Num deles conheci um jovem estudante de Direito chamado Antônio Fabrício de Matos Gonçalves. E foi então que descobri que ele era filho justo daquele brilhante arqueiro do time do Diocesano, cujo nome é Antônio Gonçalves da Silva, hoje renomado dentista e ex-Prefeito de Brasília de Minas
Fabrício tornou-se, em menos de dez anos, um dos mais brilhantes juristas de Minas Gerais. É mestre em Direito do Trabalho e professor dessa disciplina na PUC/Minas. É Conselheiro da OAB-MG e um dos coordenadores de sua Escola Superior de Advocacia. É autor de um dos livros mais bem sucedidos de sua especialidade, que leva o título “Flexibilização Trabalhista”, já na segunda edição, pela Editora Mandamentos. Casou-se, em Brasília de Minas, com Anita Zonichenn Matos. Recentemente me enviou um presente. Abri o imenso envelope e me deparei com o livro “Memorial de Brasília de Minas – documentário”, de autoria de sua mãe, Maria Inês de Matos Gonçalves, prefaciado por Haroldo Lívio de Oliveira.
Minha babá, Marcionilia, que me ensinou a contar “causos”, era de Brasília de Minas. Sabia que meu querido Juca Milo (José Milo de Silqueira) e minha querida “tia” Elza, pais de Else, Shyrley, Cibele, Geraldinho Renan, Márcio, Lu, Mirinha, Pindoba, Marcos e Ricardo (Tiupas) eram brasilminenses. E foi através deles que aprendi a admirar aquela boa gente. “Seu” Juca Milo foi o grande embaixador. Fui calouro, por quatro anos, de Chiquinho Simões (Francisco de Assis Simões), na Faculdade de Direito da UFMG, onde ele era um dos mais brilhantes alunos. Quando exerci a advocacia, meu querido amigo “Cumpade Coi” (Clóvis Augusto de Freitas), esposo de minha mais brilhante e saudosa ex-aluna, “Cumade” Regina, me hospedavam quando eu permanecia por mais de um dia na doce Brasilinha. O juiz era meu ex-colega de Faculdade, “Picolé” (hoje Desembargador Geraldo José Duarte de Paula) que, nos famosos carnavais brasilminenses, puxava o samba-enredo de uma de suas mais garbosas Escolas de Samba. Leal (Antônio José Leal) era o Promotor de Justiça. Padre Magalhães (Antônio Carvalho Magalhães, que deixou saudade imensa em meu coração) era o Vigário. Picolé marcava minhas audiências só às sextas-feiras, para que eu permanecesse o final da semana na cidade, tocando viola e piano, cantando e comendo do bom e do melhor, acompanhado por ele, por meus gentis anfitriões, pelo promotor e pelo vigário. Minha “Cumade” Regina tocava piano como ninguém. Essas haviam sido, até então, antes de conhecer Fabrício, minhas mais profundas ligações com a Contendas, do saudoso escritor Henrique de Oliva Brasil.
Pois bem, depois que li o livro de Maria Inês de Matos Gonçalves, a Inês, mãe de Fabrício, numa edição primorosa, de bela capa e com inúmeras fotografias de pessoas e lugares, quanta coisa nova descobri sobre sua maravilhosa terra! Eu não sabia, por exemplo, que Monsenhor Gustavo, Dr. Santos (Antônio Teixeira de Carvalho) e Pedro Santos nasceram lá e que Brasília de Minas é berço do majestoso Rio Paracatu. A verdade, caros leitores, é que o livro de Inês, esposa do grande goleiro do time do Diocesano e mãe de Fabrício, é uma minuciosa enciclopédia brasilminense, fruto de apurada pesquisa e grande esforço intelectual de consagrada educadora, que revelou ao mundo, antes de tudo, seu mais profundo amor pela terra natal e por sua gente.
Felizmente para nós, leitores catrumanos, e para as gerações porvindouras, Inês é viva!

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