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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de setembro de 2024
 

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Mensagem: A tempo<br><br>Resgatar as origens, as histórias dos antepassados, as tradições e os segredos conservados pela tradição oral ou escrita, através de livros de família, é uma modalidade literária importante, em voga na Europa e em outros continentes, como uma forma de fazer história, e tem sido objeto inclusive de cursos especializados para escritores. Não os livros da família, que tratam da vida das crianças, dos parentes e de seus amigos. Mas livro que faz história, de cunho biográfico ou não, que resgate valores e pessoas que tenham ultrapassado os limites restritos do âmbito familiar, para alcançarem a órbita das comunidades próximas ou distantes. Lembra Frank Brentano que “o amor da família é semente de amor à Pátria e de todas as virtudes sociais”.<br>Oswaldo Antunes, valendo-se de sua experiência no campo da literatura e do jornalismo, de larga vivência no seio da sociedade cultural mineira, tendo compartilhado do convívio com Mário de Andrade, Edgar da Matta Machado, Alphonsus de Guimarãens Filho, Milton Amado, Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende, João Etiene Filho e outros, em livro a ser lançado em meados de outubro próximo, nos oferta A TEMPO, com a pureza de linguagem que lhe é peculiar, obra bem escrita e elaborada com esmerado cuidado, passagens que definem a saga terrestre dos Antunes da Boa Vista, que vieram de Portugal, de procedência judia, que se espalharam por Brasília de Minas e outras cidades da região e do País.<br>Alexandre Herculano nos lembra que “debaixo dos pés de cada geração que passa na terra dormem as cinzas de muitas gerações que a precederam”. Nessa mesma linha de pensamento, observa Oswaldo Antunes que “as experiências e histórias que parecem novas acontecem em razão de vidas passadas” e que “raramente a tradição natural dos atributos genéticos é reconhecida e valorizada”. Coelho Neto, imortalizado pela sua obra e lembrado como patrono da Escola Estadual “Coelho Neto”, de São Francisco, onde cursei o primário, nos sentencia que “a casa da saudade chama-se memória”.<br>O livro não é só a vida de uma família, sua influência no convívio social, econômico, político e cultural, mas também relata fatos históricos de alta relevância, não contidos em nenhum outro livro já escrito sobre a região norte-mineira.<br>O jornalista, na direção do “Jornal de Montes Claros” fez história e viu passar o tempo e, com ele, os fatos da vida urbana de Montes Claros e da região no curso de quarenta anos, que ele relembra em detalhes.<br>Oswaldo Antunes iniciou-se na profissão de jornalista, em 1946, no O DIÁRIO de Belo Horizonte, mais conhecido como Diário Católico. Naquele ano, no Hotel Tamoios, onde me hospedava como estudante do curso secundário, dedicava-me desesperado a concluir um acróstico a uma namorada. O Oswaldo apanhou o escrito iniciado e completou a composição poética em cinco minutos. Fiquei agradecido; minha namorada adorou.<br>Recebi do Oswaldo Antunes, ao entregar-me um original do livro A TEMPO, uma solicitação antecipada de analisar e comentar a obra literária, o que me proponho fazer a tempo, espero que antes da data prevista para o lançamento. A primeira leitura, aquela que se faz à vol d’oiseau, agradou-me. A segunda, que agora estou fazendo, tem o sentido crítico e analítico. O comentário virá, necessariamente, depois dessa última.

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