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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de setembro de 2024
 

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Mensagem: MENINAS MOÇAS E RAPAZES AINDA ROMANTICOS<br><br>Nos anos 50, as festas dançantes se realizavam no Clube Montes Claros, onde hoje se situa o Conservatório Lorenzo Fernandes e no Clube dos Bancários, na Rua Presidente Vargas, no prédio da família Jabbur.<br>As meninas moças preparavam as indumentárias no capricho, confeccionadas pela modista Natália Peixoto e suas blusas bolero, com vestidos tomara que caia e saias tipo garota do Alceu, além dos tradicionais bordados.<br>As jovens da elite faziam suas roupas no atelier de Teresinha Colares e os conjuntos de pelica, bolsas, cintos, sapato e luvas, compravam-se na Sapataria Elí. Outras copiavam os modelos dos calçados das revistas de moda e levavam o desenho à Sapataria Penalva, que os produzia artesanalmente.<br>As mães compravam roupas de luxo na Loja Imperial, em mãos de Dona Mercês Prates Correia, e usavam creme Rugol para esconder as rugas. Francisco Alves cantava Carlos Gardel e as meninas moças freqüentavam barraquinhas e os leilões da Igrejinha de Bom Jesus.<br>Firmino Paco-Paco confeccionava com penas de garça as asas de anjinhos para crianças menores usarem nas festas religiosas. Rapazes compravam camisa de Jersei na Loja Camiseiro. Logo chegariam as marcas Prist e Mack Gregor. Compravam-se cigarros Lincoln e Astória, no bar de Tito dos Anjos acesos com isqueiros Monopol.<br>As famílias jantavam pratos clássicos no Restaurante do Valério, com os seus tradicionais guardanapos e toalhas em branco impecável. Os mais modernos, comiam o mexido de Zé Priquitin na Leiteria Celeste. As sextas o mexido de feijoada, só para os notívagos e os bons de gole.<br>A melhor geléia de mocotó era a da Luiza, na Altino de Freitas, e a mais gostosa caçarola italiana feita por Zim Bolão. Bila produzia um inigualável doce de leite, em forma de coração.<br>O Bar do Tiano, no Mercado Municipal, vendia pastel com vento quente. O felizardo que encontrasse carne moída, ou azeitona, era premiado.<br>O carro mais charmoso da cidade o Cadilac Rabo de Peixe 55 de Oscar Gabriel, e Ronaldo Tofanni já encantava as alunas mais afoitas do Colégio Imaculadas, ensinando-as a namorar, com aquela abertura lateral da saia virada para o centro. Fez história!<br>Wilson Drumonnd e Cicílio Barbosa faziam os ternos da rapaziada em tecido de giz riscado. No bolso externo superior esquerdo, com a presilha à mostra as canetas Parker 51 pena de ouro 18 quilates, comprado na Gráfica Orion, ou na papelaria de Nice David.<br>Jamelão cantava Torre de Babel e Juca Carteiro servia na sua casa na Rua Doutor Veloso 875, a paçoca de carne de sol e farinha Morro Alto. De sobremesa doce cristalizado. Os instantâneos eram batidos com câmera Kodak quadrada, caixa de ferro e os filmes revelados no estúdio de Coriolano Guedes, na Rua doutor Santos. Os álbuns tinham de capa de madeira.<br>A melhor cerveja era a casco verde, uma saborosa pilsen da Antártica, tomadas no bar de Nelson Vilas Boas, na Praça Coronel Ribeiro.<br>A equistosomose, a popular chistose grassava ferozmente, infectando a rapaziada que tomava banho nos rios e córregos da cidade, todos contaminados e o Ambilia, remédio novo vindo do Rio de Janeiro, fazia mais mal do que bem, aos doentes.<br>Os doutores Konstantin e Jason Teixeira curavam os males que afligiam a população; Mário Veloso manipulava a medicação e Dr. Alpheu de Quadros já fazia cirurgias para retirada de tumores em membros e articulações.<br>Orlando Silva cantava a música da moda: tu és a criatura mais linda que os meus olhos já viram/ tu tens a boca mais linda que a minha boca beijou...….<br>Montes Claros vivia e curtia o fim do Romantismo

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