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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de setembro de 2024
 

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Mensagem: A IDÉIA DE DEUS

Na véspera do lançamento de nosso livro “A Tempo”, no próximo 07 de novembro, estamos preparando um outro, que, se nos sobrar tempo, pretendemos publicar: “A Idéia de Deus”. “A Tempo” fala de memórias. Desde a infância, passando pela formação jornalística, principalmente a luta que foi a manutenção de O Jornal de Montes Claros durante 38 anos. Quando falamos luta é porque foi luta mesmo. Na época em que O Jornal começou, abrindo caminho para a imprensa que hoje está aí, a bandidagem era grande perigosa e intimidante; a imoralidade não rendia dinheiro mas garantia o poder. Essa cidade que conhecemos hoje, populosa, a sexta de Minas, era apenas uma grande aldeia, chefiada por caciques. Alguns sem o menor escrúpulo. Não temos dúvida em afirmar que a atuação construtiva de O Jornal foi, antes de tudo, uma vitória moral. A moralidade de todos os jornalistas que, começando na Rua Dr. Santos 103, estiveram, ou continuam hoje, em outros endereços aqui na cidade, em grandes jornais de Minas, alguns em âmbito de Brasil. E a grande maioria deles, sem perder de vista o sentido do bem comum.

Estamos perguntando se existe correlação entre esse tipo de moralidade que garante o bem comum e a idéia que se possa fazer da existência de Deus. É tema aberto. Quando a televisão mostra cenas de devastação praticada pelos chamados “guerreiros de deus” (com d minúsculo nesse caso), é de perguntar-se que deus é esse em nome do qual se mata. Ou qual o deus, do outro lado, que justifica a religião da prosperidade, não apenas das pessoas que pisam na pobreza para subir, mas também das igrejas que, através de um proselitismo pos moderno, angariam dinheiro e poder.

Estamos pensando em solicitar ao Padre Henrique Munaiz a leitura antecipada do que estamos escrevendo. E um comentário, ou comentários dele, sobre as idéias que poderiam ser tidas como anti-clericais. Porque é difícil aceitar a idéia do deus vingador que é apresentado por diversas denominações religiosas, inclusive algumas do cristianismo, esse deus que pune com a condenação eterna quem, durante uma vida que não pediu e lhe foi dada sem consulta, comete o que é tido como erros. Parece-nos impiedoso qualquer uma religião negar à outra aspectos teologais, para dizer que ela é o único cominho da salvação, quando Deus é o mesmo para todos, e Cristo veio salvar todos os homens, os vivos então, os vindouros e até os mortos antes de sua vinda.

Pode-se negar a religiosidade popular? Apesar de reduzida a uma interpretação não cristã, na qual o cristianismo fica escondido atrás de santos e fetiches, é autêntica em suas raízes. E ela tem uma reconhecida moralidade baseada na humanidade e na comunhão de interesses. Diferentemente da religião dos convencidos de sua sabedoria que, orgulhosos, vão sempre à missa dominical, mas roubam, matam ou deixam matar, e, para isso, se isolam em castelos de arrogância. Algumas autoridades religiosas, com uma teologia que não leva em conta o desenvolvimento da mente humana e a mudança dos costumes, desconhecem que, atualmente, os sacramentos, o catecismo e as associações religiosas são obstáculos à evangelização verdadeira porque são ocasiões para o povo se confirmar na sua religião infra-cristã.

Parece-nos que a verdadeira evangelização, hoje, deve ser a denuncia da falsa idéia de Deus. É ela que leva à errôea interpretação da mensagem de fraternidade e misericórdia, conduzindo à falta de moralidade, tanto na vida particular quanto na v ida publica. Mas isso, também, é apenas uma idéia e aceita sugestões

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