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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de setembro de 2024
 

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Mensagem: SABORES DA NOSSA INFÂNCIA

Dos românticos anos 50, as reminiscências de gostos e sabores que marcaram a infância, na nossa aldeia de Figueira.
O agradável e borbulhante sabor dos guaranás Champagne, tomados no bar de Nelson Vilas Boas, com canudinho de palha, deixando a língua entorpecida e uma sensação de ar preso na barriga.
O sabor encorpado e permanente das drágeas de chocolate Bhering, grudados no céu da boca, e a coca cola que nos fazia arrotar feito turco, nas matinês do Cine Coronel Ribeiro.
A queimadinha de suco de laranja curraleira com bicarbonato, tirada com a concha da lata de flandres, nos fundos do Mercado Municipal, ao lado da loja de Joel Stark. Era beber e sair correndo para o banheiro!
A maciez e o sabor das balas de chocolate Toffe, compradas com exclusividade no bar de Adaíl Sarmento. O gosto de infância do guisado espremido, os bolos ao estilo capitão na casa de Geraldo Lopes, amassados à baiana pela minha bisavó Dinha.
O café feito no fogão de pedra e adoçado com rapadura, o pouco gelado e pouco higiênico caldo de cana de Jason, que fazia descer o pedaço de pão de doce com cheiro de manteiga Alvorada, atravessado na garganta. No meio do pão, uma gostosa e suculenta fatia de requeijão de Salinas.
O doce “cavaquinho” de rapa com açúcar de Dinha Preta, as cocadas com mamão de Dona Swargar, vendidas no Colégio Diocesano e o pirulito Gostosão da Padaria Globo.
Os docinhos de leite em formato de coração de dona Bila, irmã de Chininha, tia de Nair Macedo, e a gostosa e insuperável pomadinha de leite e os doces pingados de dona Lica de Abreu, avó de Virgínia de Paula. O levíssimo frango caipira com arroz grudento, quiabo e um ovo estrelado por cima, de dona Carmelita Martins.
O prato de esmalte era posto em cima do fogão de lenha e dava para sentir o calor do borralho na perna esquerda. De sobremesa, doce de fígado cristalizado, ou de caju, esses tirados na casa de Pedro Paulino, depois de longa negociação.
As gemadas consistentes da minha avó Belarmina e a bacia de flandres cheia de bolinhos de bacalhau Noruega da minha tia Preta, servida nas intermináveis partidas de buraco, aos parceiros.
Os sonhos e o cheiroso vinho caseiro feitos por dona Geny Freitas, no bairro São José, ainda uma lagoa cheia de tabuas e de cavalos do Cow-boy de Janaúba.
O seu bife com fatias de abacaxi, feitos a pedido da meninada. A mesa farta e saborosa da fazenda de Tiãozinho Viriato, nas Cabeceiras e o gosto do Cinzano Rossi e o sabor da azeitona gelada no Martine Dry, tomados escondido às margens do Rio do Melo.
Beijos trocados com a namorada com sabor de drops Dulcora e de pastilhas Valda.
O jenipapo de sabor ocre colhido no fundo da casa dos Martins no bairro São José, com as mãos cheirando a esterco do curral, visgo de pegar passarinho e da borracha de atiradeira.
Outros sabores e aromas foram próprios da nossa infância campesina nos saudosos Montes Claros dos anos 50. Só para encerrar, o saboroso pão alemão quentinho, entregues sob encomenda e na bicicleta, por Adão Padeiro, ainda no lusco-fusco das manhãs ainda romanticas.

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