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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 26 de novembro de 2024
 

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Mensagem: BICICLETA SUECA “FAIADÊRA”

Florianópolis, Ponte Pênsil, 1973. Lincão Mesquita, ferido gravemente por disparo de arma de fogo de grosso calibre, em incidente de rua. Operado, por sorte, por uma equipe de especialistas que coincidentemente ministravam um Congresso Internacional de Cirurgia e Reconstituição na cidade.
O paciente em estado crítico, mas já teimosamente sentado à cama. Ney Mesquita, seu pai, emocional como era, estava em depressão. Encorujado e chorando a um canto do quarto. Inconsolável!
Recebe a visita inesperada de uma turma de montes-clarenses pesos pesado. Walduck Wanderley levou um magote de notívagos objetivando dar apoio moral e curraleiro ao amigo Ney. Dentre outros, o cavaleiro da verve Zé Amorim, Dácio Cabeludo, Mamoeiro, Tião do Banco, Zé Paraíso, citando apenas os cabeceiras.
Por milagre de Deus, a turma compareceu sóbria, em respeito à gravidade do quadro apresentado. Sentados, decentemente, ao lado do convalescente pitombado, quando uma tremenda loura, a Miss Santa Catarina, namorada da feliz vítima, deu entrada no quarto vestindo uma curtíssima mini-saia. Modelo Mary Quant, o chique da época!
Moda quente que expunha as suas calibradas coxas. A todo o momento abaixava-se, para limpar a secreção que saia do nariz do namorado, ocasião em que deixava à mostra a calcinha, à vista dos demais.
Exibia o seu volumoso traseiro modelo Deustschland, o que era apreciado com gosto pelo esquadrão de raparigueiros presentes. Ney, alheio à cena erótica, chorava copiosamente, quando Zé Amorim o chamou a um canto da sala, mas ainda ao alcance dos ouvidos atentos de Walduck.
Buscando consolar o depressivo, o nosso Zé, filósofo da vida e psicólogo das fatalidades do cotidiano, falou: para de chorar Ney! Esse fiduma égua do seu filho não vai morrer não! Ele tem o corpo fechado! Deixa de chorar e aprecie o panorama desse traseiro branco à sua frente, caboclo! Se esse cara tivesse que morrer, já tinha morrido. Bala dundun mata na hora.
Continuou a terapia de consolação, mantendo a mão sobre o ombro do choroso pai da vítima: Desanuvia a cabeça homem! Quando você chegar a Montes Claros compra uma bicicleta sueca ‘faiadêra”, daquelas com problema na corrente e na catraca.
Concluiu as observações falando: toda vez que você lembrar da pitombada que esse animal levou e do panorama desse traseiro branco, suba a ladeira do Alto São João com a bicicleta chiando rock... catrak...vupt...catrak...corrot...catrakt! Escorregando o pedal, “faiândo” e você suando frio!
Respirou teatralmente como um ator de estúdio curraleiro e concluiu a seção de psicologia aplicada, suspirando fundo abrindo os braços espaçosamente e sentenciando: quando você chegar ao Parque de Exposições, já terá esquecido a pitombada deste fiduma égua presepeiro. Vai se lembrar somente do panorama desse traseiro alemão, que está balançando pra lá, e pra cá!



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