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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de setembro de 2024
 

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Mensagem: TEMPOS ROMANTICOS, CRIMES ROMANTICOS.<br><br>´dedico essa crônica ao notável jornalista Carlos Linderberg que me honra com a sua leitura. Sou seu leitor de carterinha. Uma crônica dos Montes Claros de um tempo em que éramos inocentes e não sabíamos”<br><br>Nos saudosos anos 50, crimes mancharam com o trágico o romantismo festivo da nossa urbe. Era o lado aventureiro e bandido dos que aqui vinham para nossa cidade em busca de fortuna fácil.<br>O assunto da moda era o Crime de Sacopã no Rio de Janeiro, com a morte de Marina, por quem o Tenente Bandeira, inocentemente condenado, cumpriu 20 anos de cadeia. Na verdade, uma trama do Pentágono, que incriminou inocente e queimou arquivos, eliminando segredos da participação do Brasil na Segunda Grande Guerra.<br>O presidente Getúlio Vargas era pau mandado dos States!<br>Por aqui, um rico comerciante de eletrodomésticos contratou um pistoleiro, o João Tijolo, para dar cabo do atleta e vendedor de eletrodomésticos, conhecido como Zé Pai da Mata. Zé, considerado um galã e modelo masculino da cidade, o que fazia dele um excelente vendedor para as compradoras femininas.<br>Como recusou a gerência da loja do mandante, foi executado, tendo o crime sido praticado no bar de Nonda Lopes, no centro. Seu Gama, gerente de vendas de loja, também especializada em eletrodomésticos, foi também assassinado a mando do mesmo comerciante.<br>Um comerciante de eletrodomésticos que por aqui fazia sucesso na área, foi, no lugar do verdadeiro mandante, acusado, condenado injustamente e cumpriu pena, sendo inocente.<br>Maria Loura, uma dama da noite, que foi testemunha ocular do crime, chamada para depor em Juízo, se atrapalhou quando o meritíssimo lhe perguntou a sua profissão. O escrivão respondeu por ela: é mulher da vida seu Juiz! O Juiz ditou para o escrevente: a testemunha declara ser mulher de vida fácil.<br>Maria Loura, indignada com essa avaliação de sua profissão, respondeu na bucha: não é fácil não! O que nós agüenta rindo, ocês home não agüenta chorando!<br>O comentário da moda era o chamado Crime da Fera da Penha, ocorrido na capital federal. Uma amante, se sentindo abandonada pelo amásio, seqüestrou e matou uma filha menor do mesmo. O crime abalou o país!<br>Outro crime que fez história foi o do cabeleireiro Ronaldo. Matou Aida Cury, no Rio, lançando moda dos óculos modelo Ronaldo. <br>Aqui em Montes Claros, Oscar Gabriel, rico comerciante de tecidos e confecções, tinha como amásia a mulher mais bela da cidade, a profissional da noite, Analhinha! A ela, ele dedicava os fins de semana levando-a como sua acompanhante nas viagens aos grandes centros.<br>Sua esposa, enciumada, o obrigou a armar uma cilada para a rival. Levaram a Analhinha na boleia de um caminhão até um local ermo. Lá, a esposa do comerciante, que estava oculta na cama, atrás do banco do veículo, apareceu de súbito e efetuou o atentado.<br>Com várias coronhadas na cabeça da vítima, que teve seu corpo abandonado no matagal. Um vaqueiro de fazenda próxima, que se encontrava na mata, testemunhou o crime, socorreu a vítima que foi levada para Belo Horizonte onde, tratada, recuperou-se.<br>Contratou dois criminalistas, que conseguiram em Juízo, uma indenização equivalente à metade dos bens do acusado.<br>A esposa matriz, a verdadeira autora do crime, ficou de fora, já que o marido pressionado pelos filhos, assumiu a autoria, evitando o constrangimento decorrente do fato. Madame pediu desquite e levou a outra metade dos bens.<br>O homem terminou os seus dias de vida no Mercado Municipal, encharcado de fubuia.<br>Nós temos história, somos bregas da roca, mas somos chiques! Arrasamos até em crimes de morte...<br><br><br>

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