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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Está na praça um autêntico presente de Natal. De surpresa, o Grupo de Seresta “Lola Chaves” (nome que homenageia a filha de João Chaves) lançou o CD “Céu de Montes Claros”. Gravado aqui mesmo, é uma coleção eclética de músicas que foram apanhadas no fundo do baú da memória desta nossa civilização. Emociona no CD a preciosidade das melodias buscadas numa Montes Claros lírica, pequenina, toscamente bela, bela e crente, de joelhos nos ofícios religiosos de outros dias, de outros tempos. São, entre outras, músicas de coroação, que jamais devem ser esquecidas, e há pelo menos uma grata revelação: a belíssima voz de Lígia de Figueiredo Chaves e Oliveira, ninguém menos que Tia Lígia, irmã de Lola, também filha de João Chaves. Além de encantar com uma voz absolutamente diferenciada de todas as demais, rara no timbre e pungente na interpretação, Ligia Chaves vem com composição própria, letra e música, em homenagem a Nossa Senhora de Guadalupe, um hino para cortar a respiração e fazer bonito em qualquer parte, ainda mais que criado e cantado pela filha do Grande Bardo, nascido em Montes Claros e consagrado pelo Brasil. Há músicas quase inéditas de João Chaves e seus irmãos Hermegildo (Monzeca) e Joaquina Chaves. Estão lá as célebres “Vimos em Nome do Dia, da Noite, dos Passarinhos”, “Maio Veio” e “Adeus Maio”, todas da família Chaves, criação de interpretação, que toda criança de ou em M. Claros - de antes, de agora, de depois e de sempre, terá de saber na ponta da língua. Avançam na seleção o “Vinde Cristãos” na voz também rara de Olga Santos, e músicas das pastorinhas e outras de Natal. É um concerto belíssimo, artesanal que seja, que situa a Montes Claros genuína num dos momentos em que delibera ressurgir para acordar a cidade que vige em seu lugar. Panis Angelicus encerra como 17ª música, introduzindo esta seleção entre as relíquias que M. Claros guarda de sua mais autêntica cultura. “Nunca mudassem nunca estes caminhos” – repete a música de coroação de Monzeca. Nunca mudassem nunca estes caminhos – repetimos todos, neste Natal. É admirável ver que a Montes Claros profunda sempre é capaz de varar a espessa camada que cobre os seus dias de agora para vir dizer que a tudo suporta e resiste com imaculada e doce poesia. É o recado silencioso de que sobreviveu, e de que sobreviverá a todo transe.

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