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Mensagem: CARAVELAS Á PARTEDepois de um de um quase perfeito relax interior , para considerações e reparos que só um descanso total – físico ou mental, tanto quanto possível - pode alcançar , estamos aí , de volta ao nosso lugar, neste Mural, finalmente. O meu obrigado aos poucos (e fiéis) leitores que tiveram o carinho de se preocupar e perguntaram pela ausência. Para eles é que volto. E para minha alegria, também. Com o maior prazer.Neste ínterim, fico sabendo que não conheci um especial leitor ( na palavra amiga de P.Narciso: “seu maior fã, Flavão. Se começava a demorar coisa sua no Mural, ele me parava na rua e sempre perguntava porquê”} . E a tristeza me pega mais ainda, ao saber que era filho de um grande amigo de toda uma vida, Rey Souto, mestre das letras e da alegria contagiante. Era o próprio rei, esculpido em Carrara, finalizou Paulinho. Mas, voltando ao recesso, talvez à procura de onde o complexo e enigmático se escondem - certamente bem além do que se pode enxergar - posto que o óbvio nem é mais ululante assim, ensaiou-se por este velho escrevinhador um pretenso retiro espiritual às forças ocultas das naturais agruras ( ou sobrenaturais, quem sabe?) da vida..Talvez pelos caminhos entremeados de espinhos e pinguelas de aroeira redonda, cheia de lodo, sempre a sombrear essa mania ou arte primeira ( ainda não sei), que é plantar e colher as próprias idéias - das menos significativas às mais puras e belas, incultas, talvez, no jardim particular dos sentimentos - e tentar juntá-las às letras e palavras que voam e revoam, mágicas, ao nosso redor, como se fossem oferecidas e desajeitadas mariposas de pós chuva revoando até morrer nas brilhantes luzes amarelas dos postes de rua. Esta sim, caro amigo, a verdadeira a alegria do mais humilde poeta , apenas um artesão da sorte no corte e palavra da nossa linda língua pátria. (Desculpem-me, mas, de repente, no meio de tudo, sem quê nem porquê, as lembranças me levaram aos velhos postes de luz da Coronel Prates . Esqueci o nome da bonita e nova mercearia de secos e molhados ! Se alguém quiser me dizer...)Salve, salve, então, ó casa santa, porque esta é a volta deste ex-moço, revigorado e mais firme do que nunca - mais para quase, confesso - que nem prego no angu, como bem diria nas areias piraporenses o saudoso mestre de sete estrelas, Gilberto Sóter, num quentinho canto qualquer de areia na beirada do velho Chico.E que, antes qu’eu me esqueça, senhores e senhoras do bem acima do mal: até nosso glorioso e altaneiro rio , os homens do mal , abaixo do bem - sem fé e sem raízes - estão resolvendo avacalhar. E, é claro , nunca conseguirão, se Deus quiser , pois o povo está de olho nestes jurões e seus juracis puxa-sacos. E tomem cuidado, juras, pois estamos na vigília, dia e noite, noite e dia..Enfim, por andanças d’aquém e d’além mar, em prazerosos bordejos pelas vilas, cidades, negras florestas e medievais terras tedescas, altas e baixas, ouvindo no rádio, sempre ao lado ,Godoy , Yasmin e suas Tihaias, a deslumbrante gália, quiçá catalã, onde logo à primeira vista se gosta de tudo e de todos e se observa ( tirando-se o chapéu ) o respeito aos mais velhos, amigos e inimigos de guerras - que não foram poucas e deixaram marcas ainda a superar - amor à arte, à tradição do que se fez bem e o carinho no que hoje se faz, bem também, para durar e perdurar no sempre da história , porque só assim se consegue sobreviver aos piores males , bombas, canhões e epidemias sem cura deste mundão doido, sem fim.E mais do que tudo isso, conseguir dobrar os séculos eternizando a solidez e sustentação ao nosso mundo contemporâneo, para dias de luz e festa do sol que todos queremos viver em perene tempo de paz, apesar das ameaças, do desrespeito e violência à nossa fé e vontade de apenas querermos ser felizes. Com bossa.Chega de saudade. Abraço para todos.Flavio Pinto Nota - (para não montes-clarenses) jurões, juraci, jura : otário
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