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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de setembro de 2024
 

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Mensagem: GRATUIDADE DE DEUS<br><br> Oswaldo Antunes<br> <br><br>É de um psiquiatra, Jung, a afirmação de que o homem é dotado de uma “função religiosa natural” e necessária à vida. Depois dele, a evolução das ciências humanas mostrou a ligação profunda da estabilidade psicossomática com essa função que está sendo explorada hoje de diversos modos. A ânsia do absoluto que o homem experimenta, o leva a cultivar a esperança de imortalidade do espírito e essa esperança ele cultiva escolhendo uma forma de ligação com o sobrenatural, a religião. Há religiões de estruturas milenares e outras recentes, a maioria delas, entretanto, sem aquela compreensão da necessidade de relacionamento do espírito com a indefinível “Origem sem origem” de que tudo provém: o que existe dentro, ao redor dele e no inefável que o ser humano sente.<br><br>Através dos tempos, grandes inteligências estudaram o assunto. Einstein relacionou três tipos de relacionamento religioso no homem primitivo: o inspirado pelo medo do desconhecido; o que demarcou a responsabilidade social do homem em face de um ser superior antropomorfo; e a que elevou a mente acima dos conceitos humanos limitados. Esse ultimo tipo intuiu a essência do que seria divino sem interferência dos desejos humanos. É a fé a partir da intuição, do “ser preciso crer para depois ver”, a forma essencial de religiosidade que “não conhece dogmas nem Deuses antropomorfos, é ilimitada, ampla e absoluta, estando além de qualquer idéia humana”.<br><br>A crítica mais contundente que hoje se faz à religião refere-se exatamente à afirmação de Deus teria feito o homem à sua semelhança, quando foi o homem que imaginou Deus semelhante a si próprio. E essa idéia de um Deus com qualidades e defeitos( defeitos e qualidades humanas de que Ele não precisa) O distancia das necessidades do homem e permite a mediação das religiões entre Ele e os homens. <br><br>E como Deus é um só, não há um Deus diferente para cada religião, falta às interpretações teológicas a idéia de Unidade que faria desaparecer as diversas formas de religiosidade e de mensagens dos seus fundadores. A variedade de “deuses” continua ainda hoje por falta de maturidade quanto à idéia de Deus. À estrutura que dirige as religiões não interessa mostrar que, antes da religiosidade interessada no proselitismo, é necessária uma espiritualidade que nasce da certeza da divindade que não pede vingança, não pune ofensas impossíveis à sua perfeição e não cobra dízimos. O apego humano aos bens, que hoje é visto impregnado de cerimonial, impede o entendimento da gratuidade da vida em si, que é, ela própria, a gratuidade de Deus.<br><br>Estamos tentando escrever um ensaio sobre esse tema. E temos a companhia de gente muito boa, como Joseph Moingt, jesuíta e teólogo católico francês, que, em obra intitulada “A mais bela História de Deus”, edições ASA, Porto. disse: “A religião (que ignora essa gratuidade) reduz-se às obrigações e às tradições com as quais se julga ter acesso ou contentar Deus (...) foi com essa concepção religiosa que Jesus rompeu.” Foi esse posicionamento “que produziu o ruptura e inexoravelmente conduziu ao processo de sua morte”.<br><br>E para terminar, o depoimento da psicóloga espiritual Ângela Maria de La Sala Bata: “Quando se chega a compreender isso (a diversidade de interpretações teológicas sem a Unidade e Gratuidade de Deus) cai por terra todo o dogmatismo, todo o fanatismo e se adquire a capacidade de ver a Verdade, sob qualquer símbolo e qualquer dogma, e de perceber a corrente espiritual, pura e autentica, que está além de qualquer cerimonial, de qualquer rito aparentemente incompreensível. Esta é a verdadeira maturidade religiosa (...) com desenvolvimento da intuição, a sensibilidade místicas, a superação das cristalizações, dos dogmatismos, dos preconceitos religiosos, dos fanatismos e das limitações mentais.”

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