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Mensagem: JOGAR A BOLA DA VIDA<br><br>Escrevemos sobre a seca e o artigo foi publicado quando começou a chover. Poderia parecer inoportunidade, mas o contraponto apenas demonstra que acontecimentos isolados não formam a realidade. Pancada de chuva é aparência, não é regularidade do período pluvial. Mas, como as aparências estão enganando mais hoje, quando a religião do progresso a qualquer preço ganha seguidores, alguns momentos de chuva podem nublar a lembrança de anos de estiagem. Seria o bom e pouco fazendo esquecer o mau e muito. Mal comparando, seria como esse assunto do cartão de credito corporativo. Coibir o erro da ministra da igualdade racial, que é negra e foi acusada de gasto pequeno, mas aético, não encobre o desacerto de pagamentos indevidos em outros setores e por outros governantes. 147 mil reais é muito pouco para encobrir só os bilhões que os bancos abocanham com cartões, sem falar dos casos de superfaturamento. Puniu-se com o afastamento uma pessoa possivelmente aética e politicamente despreparada, procurando esquecer o despreparo moral de milhares de pessoas que não foram preparadas para governar. Ninguém pensou na possibilidade de a ministra estar, inconscientemente, demonstrando que há igualdade racial inclusive nos erros com ou sem dinheiro. <br>Não é preciso forçar para passar dessas aparências ao aspecto da moralidade. Basta ligar assuntos. Faltando desapego material e espiritualidade na vida particular, vai faltar também na função publica. Aliás, é atribuída a Einstein a afirmação de que “viver é como jogar uma bola na parede”. Se jogarmos bola verde, ela volta verde; se a jogamos com força, volta com força; por isso, ao jogar a bola da vida devemos estar prontos para recebê-la de volta, porque “a vida não dá, nem empresta, não se comove nem se apieda, apenas retribui o que oferecemos”. <br>Não há moralidade sem espiritualidade. E espiritualidade começa com a consciência de o homem participar de um todo que é ligado pelo amor, que na prática é a solidariedade. E nossa pratica política investe muito e mal no lado material da vida e nada na subjetividade. Para sair do egoísmo para o ético e social é necessário o desenvolvimento natural do indivíduo, que começa na infância. E isso leva a pensar em educação, alargamento de horizontes, conquista do equilíbrio intelectual, afetivo e moral. No país que não deixou ainda de ser do futuro, cada brasileiro chegará à maturidade social quando tiver a certeza interior de pertencer à humanidade.
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