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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 21 de setembro de 2024
 

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Mensagem: PT COM LEITE OU CAFÈ?<br><br>Oswaldo Antunes<br><br>A pouca experiência de governo, ainda assim governo turbado por denuncia fundadas ou não de irregularidades, sugere que o Partido dos Trabalhadores tem dificuldade neste momento de encontrar candidato viável para as eleições presidenciais de 2010. Embora tenha sido desde o inicio governo de coalizão, os resultados desagradáveis à opinião publica repercutem no imaginário das classes mais esclarecidas como responsabilidade do partido cujas fileiras abrigaram o atual Presidente. Acresce que o PT já não é o mesmo da eleição de 2002. A elite intelectual do inicio desligou-se descontente com os rumos da administração, uns porque a pretendia mais ética, outros porque a queriam mais de esquerda.<br>O cronista político Carlos Castelo Branco, cuja objetividade e independência fazem falta ainda hoje, costumava dizer que o povo não leva ninguém ao poder, quem leva são os grupos que detêm o investimento. Se aparentemente essa afirmação não se confirmou na reeleição do atual Presidente, é porque prevaleceu o prestigio pessoal de quem, mantendo o poder o disputava com garantia de lucro para os investidores. E surgiu o quase fenômeno da força eleitoral dos beneficiados pela bolsa família. Mas, com referencia à primeira eleição, Lula venceu depois de duas derrotas com discurso de fundamento ideológico e somente se elegeu ao abrandar a oposição aos grupos que exploram o capital; e teve a ajuda involuntária de José Serra que, ao torpedear a candidatura Roseana, levou o PMDB, Sarney e a mídia descontente a apoiarem o candidato da oposição com sua nova estratégia.<br>Agora, se as denuncias de mau emprego do dinheiro publico não conseguem furar a blindagem do Presidente, atingem o Partido que não consegue livrar-se do alvoroço da mídia e do crivo da Justiça. E se Lula não tem no seu séqüito a quem chamar para a sucessão (a ministra da Casa Civil descartou o próprio nome), consequentemente sobram as forças que governaram anteriormente para uma possível fusão de interesses. É notada essa tendência em Belo Horizonte. Os governadores de Minas e São Paulo tratam o governo federal com carinho. É atribuída ao Ex-presidente Fernando Henrique a afirmação de ser maior do que se pensa a afinidade entre PT e PSDB. O PMDB continua como lastro que ocupa espaço e auxilia a estabilidade. Então, o imprevisível seria saber se na copa do Palácio da Alvorada prefere mais o leite, que o Presidente não experimentou inda, ou o café que enfrentou e conhece bem no Estado onde nasceu o trabalhismo partidário.

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