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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 25 de novembro de 2024
 

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Mensagem: O VELÓRIO DE JUVENAL

Tonicão, exímio armador de ferragens em construção civil foi tão bom de serviço que botava banca com mestres de obras e engenheiros. Sua presença era requisitada nas maiores obras da construção civil em Montes Claros.
Tinha a sua própria equipe de serventes e operários que ajudavam a erguer a novos Montes Claros e, como ele, viviam no maior porre. Dentre os melhores de serviço e de copo, Juvenal. Bebedor diuturno,
Bem casado, Juvenal desfilava com uma parceira morena tipo abre alas de escola de samba. Faceira, lábio grosso e sensual, bumbum proeminente, fechava o comércio quando passava. Como Juvenal era um galo valente, a galera só a devorava com os olhos de soslaio...
Morto o gato o rato toma conta. Após uma farra homérica, Juvenal elevou demais a pressão arterial e bateu as botas. Foi para a cidade dos pés juntos.. A viúva recorreu ao Tonicão, solicitando do patrão providenciar as despesas do enterro, já que o “de cujus” gastava tudo que ganhava. Era um “bartira”!
Tanto o patrão como o peão morava no alto dos Morrinhos, e como a vida por lá é em fraternidade de iguais, Tonicão, esperto, fez uma lista para angariar fundos para as despesas do enterro.
Arrecadou três vezes mais de que precisava, já que o caixão encomendado na funerária de Leonel Beirão fora do tipo popular. Pano roxo e madeira trançada, o dito caixão de quinta categoria.
O restante do capital empregou em uma homérica farra no barracão do falecido, durante o memorável velório. Muita comida, muita cachaça e muita cerveja, enquanto a alma do morto vagava nos Hades dantescos. O pandeiro correu solto, o cavaquinho chorou e logo um puto samba de fundo de quintal irrompeu na madrugada!
A viúva, corpo escultural, vestido coladinho, bumbum tremendo que nem gelatina, toda vez que curvava pra beijar o rosto do falecido soluçava, fazendo tremer a sua apetitosa nave morena.
Já tava todo mundo de cara cheia, o pandu arrastando no chão, quando um gostosão do pedaço, que vibrava de tesão pela morena, cheio de gás foi logo passando a mão nos glúteos da viúva.
Deu o maior rebú!O cunhado do morto, irmão da gostosura cor de canela, um valente do pedaço, gigante de tamanho e de músculos, meteu a mão nas fuças do engraçadinho. Ai o pau quebrou na casa de Noca! Logo o delegado Miguel Abdo chegou com a sua equipe e levou todo mundo em cana.
O corpo do defunto ficou dependurado no paredão do morro e o engraçadinho cheio de tesão foi de ambulância para Belo Horizonte, onde penou seis meses flertando com a morte dentre leito hospitalar e UTI. Nem Pitanguy deu jeito!
E estamos conversados!
Nos Morrinhos é assim, escreveu não leu, o pau come na fuça!

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