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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 25 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Quatro pessoas, com seu trabalho, ajudaram a fundar o Jornal de Montes Claros. O redator “faz tudo” José Prates, o linotipista único Walter Andrezzo, o paginador também único e que às vezes escrevia alguma coisa sobre esporte, Antônio Meira da Silva e a também única encarregada de assinaturas e distribuição do Jornal, Maria de Oliveira a grande Dona Maria, prima de José Gomes, parente de Propércio e Wagner Gomes. Completamente esquecida hoje, era correta, trabalhadora, morava com a mãe nas proximidades do Cine Coronel Ribeiro; quando a mãe faleceu, passou a viver sozinha. Adoeceu, deixou de trabalhar e sozinha morreu. Foi substituída por José Alves Cruz, o Zé Branco e que tinha apenas um pulmão, pelo que fora “encostado” no jornal pelo Capitão Enéas. Esse “encostado” era quem mais pegava no pesado, derretendo e enformando lingotes de chumbo para as linotipos. Não me refiro a Zezinho Fonseca porque sempre achei eu ele apenas fazia figura...
Falo do Antonio Meira, pela sua seriedade e coragem, no livro “A Tempo” que publiquei recentemente. De José Prates também falo às paginas 160 e 163, Prates era jornalista autodidata, muito inteligente e inventivo. Deve continuar sendo, porque o modo como ele relata o episodio da Santa na mangueira, que é absolutamente verdadeiro, demonstra isso. Quando assumimos a direção de O Jornal, ele parece que se sentiu deslocado. Candidatou-se a vereador, depois pediu demissão e sumiu, literalmente. Fiquei sabendo agora que foi para o Rio, prestou concurso e se tornou oficial da Marinha, percorreu o mundo, se aposentou por idade, e mora atualmente em Nilópolis. A descrição que ele faz do jornal no seu tempo está também correta. Dona Maria, sempre fazia uma ficha dos assinantes, inclusive com a data de nascimento, e essas datas eram publicadas, por semana, assim que o jornal circulava. Era como se fazia a coluna social bem mais simples, e até mais autentica. Cinco pessoas fazerem um jornal noticioso era quase um milagre, mas faziam e para isso, sem as facilidades de coleta de informações que existem hoje, era realmente necessário ao redator a “fazer” a noticia..Talvez depois possamos acrescentar mais alguns detalhes a esse episódio.

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