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Mensagem: Mulheres Admiráveis Como gostaria Senhor de descobrir os mistérios da vida. Saber, por exemplo, como duas mulheres fantásticas dedicaram suas vidas em minorar o sofrimento do próximo sem nenhum limite, como se desdobraram em muitas para servir. Essa reflexão aflorou ao ver o retrato de Antônia Colares – Tonha – na coluna de Teodomiro Paulino do dia 21 de Maio de 2005 e, também, o retrato da Irmã Malvina na matéria “Um Anjo retorna ao céu” de Samuel Sousa Figueira, ambas publicadas no “Jornal de Noticias”. Em questão de segundos, um retrato é capaz de acordar lembranças adormecidas, e um pedaço e síntese da minha vida apareceram. Essas duas mulheres fazem parte da minha história quando do nascimento de meus filhos; uma experiência intransferível, inexplicável para quem não passou pela mesma. Falar dessas duas mulheres, na semana em que se comemora em 08 de Março o “Dia Internacional da Mulher”, é uma questão de justiça, gratidão e reconhecimento por vidas dedicadas ao próximo, a minorar dores, sofrimentos; mulheres que transformaram lágrimas em sorrisos de alegria, transmitiram segurança, infundiram coragem, acolheram. Como escreveu Teodomiro Paulino em sua coluna, Tonha trabalhou 44 anos na Santa Casa de Montes Claros, ajudou a trazer ao mundo milhares de crianças. Entre estas crianças dois dos meus três filhos e, por isso não esqueço suas mãos abençoadas, seus braços fortes que me sustentaram como se fosse um bebê. Sua bondade imensurável e seu sorriso que anestesiavam qualquer dor. Sabe Tonha, recortei seu retrato e guardei-o numa caixa onde coloco tudo de bom que me aconteceu na vida e que não quero esquecer. Através da matéria sobre a Irmã Malvina, no “Jornal de Notícias”, de 16/02/2006, tomei conhecimento de seu retorno ao País de origem, à casa materna, depois de 53 anos de um trabalho incessante na Santa Casa e do seu falecimento. Anjo bom, de serenos olhos azuis que infundiram esperança, coragem e fé nas horas de fragilidade dos pacientes. Sempre me perguntei o que faz o ser humano deixar família, pátria, costumes e dedicar a vida levando lenitivo, amor, compaixão ao semelhante. Suportam tudo em silêncio, no mais absoluto anonimato, e agregam à cruz de seus dias a cruz dos semelhantes. Neste 08 de Março de 2006, “Dia Internacional da Mulher”, reverencio Tonha e Irmã Malvina pelo trabalho humanitário realizado na Santa Casa de Montes Claros. Ensinaram que só é grande quem serve e que o maior entre nós deve servir aquele que mais necessita. Ensinaram que o que conta é todo gesto de amor praticado por causa do evangelho. Ensinaram a compaixão, amor, desapego, paz, equilíbrio, tão diferentes de competição e acúmulo de bens do mundo capitalista. Tonha e Irmã Malvina souberam enxergar o mundo com os olhos de Deus, fazem parte do Time de Gandhi, de Madre Tereza de Calcutá, do Dr. Alberto Swaitzr, de Florence Nigthgale e muitos outros que são ligados pelo amor ao próximo. Elas têm um colo no coração das mães Montes-Clarenses, das mães Norte-Mineiras. São mulheres universais, absolutas, especiais, inteiras, que dedilharam o rosário do sacrifício com amor e desprendimento. Nosso respeito, nossa gratidão, nossa homenagem, neste 08 de Março de 2006, “Dia Internacional da Mulher”. Carmen Netto Victória Março de 2006
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