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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 10 de novembro de 2024
 

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Mensagem: EFEBOS E RITOS INICIÁTICOS DE ALCOVA
Nos românticos 1957, próximo às festividades do nosso Centenário, surgia na rua Ceará, no bairro Morrinhos, uma dama da noite, a notável Sá Eliza.
A garotada fazia fila à sua porta aguardando a vez de receber os seus préstimos de alcova. Ela muito criteriosa, negociava com cada menino, pessoalmente.
Antes de entrar no pórtico do seu oráculo de lascívia, o menino dizia o quanto tinha de dinheiro no bolso. Pura formalidade, pois normalmente era aceita a quantia disponível.
Pululava pela cidade um verdadeiro batalhão de efebos comedores de galinha caipira. Apanhavam as penosas quase sempre no quintal do vizinho, e, à força, satisfaziam os seus instintos carnais. Como sempre matavam o galináceo.
A vinda de Sá Eliza aliviou o prejuízo dos criadores domésticos de bípedes.
Sempre à tarde, para não chamar à atenção dos comissários Altinin e Zé Idálio, a galera mirim deitava e rolava.
Na boate Maracangália, também conhecida como Cabaré de Anália, tinha a Baixinha, uma profissional especializada em primeira vez, cujo quarto de serviços ficava na parte externa da boate e logo à entrada, ela também operava sob a luz do sol. Lá, a fila formava-se no passeio em frente, já que estavam no Centro.
A piscina da Praça de Esportes freqüentava a Maria Fumaça, oriunda do subúrbio e que ao entrar nas águas da piscina provocava uma verdadeira corrida de garotos que, com seu consentimento, apalpavam as suas partes íntimas. Ela adorava se ver cercada de pequenos intumescidos!
Na Avenida Ovídio de Abreu, no Centro, havia um conjunto de barracos com tetos de palha e barro, que serviam de abrigo, e local de serviço às profissionais do sexo oriundas de outras terras e que, por aqui, não haviam conseguido a devida licença policial para operar como dama da noite.
Era tudo controlado pelo delegado que as acompanhava evitando a passagem de caloteiras pela urbe. Lá nesse conjunto levantavam o capital necessário para voltarem as suas origens campesinas!
A profissional especializada em meninos era a Lurdinha, que dado à sua pouca experiência nas artes de Vênus, ainda orgástica, quando se tratava de um menino simpático ela entrava no platô e dava o maior esparro gritando: Eu estou morrendo! Mata-me meu amor!
Muito menino iniciante desconhecendo, o arroubo do fator genésico feminino corria pela avenida apavorado vestido apenas de cuecas Torre, botão de pressão. Embrenhavam-se pelas matas do bairro São José, com a bermuda na mão e o suspensório arrastando uma ponta pelo chão, fugindo de um possível crime de morte!...
Para curar o menino assustado executava-se a terapia curraleira. Nele, mesmo gaguejando de medo, aplicava-se uma pancada na cabeça com uma colher de pau. A colher rachava e voltava o paciente ao ritmo sinusal.
Foi aí que o cavaleiro da verve, o nosso Zé Amorim, sentenciou: Ela gritava tão alto que caía manga verde do pé. Puro tratamento de choque com raízes e qualidade tupiniquins!

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