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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 19 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Com pesar e sentimento, M. Claros conta os dias em que perderá a presença, apenas física, de uma de suas grandes benfeitoras nos últimos 29 anos. Depois deste tempo, de exercício diário da Caridade, palavra que melhor e encantadoramente define o Amor, deixa-nos a irmã Irene, nome brasileiro de extraordinária alma belga, que se ausentou do seu país na mocidade para dedicar-se integralmente à Santa Casa de M. Claros. Assim como Irmã Malvina (que até hoje não recebeu do poder público o reconhecimento solene de todos nós), assim como Irmã Chantal, outra santa que a Bélgica nos enviou, Irmã Irene parte para o merecido reencontro da família e da Pátria, e para merecido descanso. Deixa-nos fisicamente, pois ficará na eterna lembrança, assim como eternamente nos levará, e nos terá, por laços que nenhuma força é capaz de romper. A viagem de volta está marcada para o dia 27.
Na Bélgica, já encontrará Irmã Chantal, muitas vezes santa nossa, e poderá visitar no colégio-mãe de Beerlar a lápide que cobre as relíquias de Irmã Malvina, sucessora de Irmã Beata, herdeira moral de Irmã Canuta e de tantas outras belgas que cruzaram o oceano para se doarem ao Brasil, deixando aqui a mocidade e os mais belos exemplos, coisa hoje vasqueira.
Um detalhe talvez seja possível mencionar agora, neste abraço que não será o final: quando, na sua exultante mocidade, Irmã Irene escolheu vir para o exercício da Caridade no Brasil, a freira - assim como outras religiosas de diversos outros países - encontrou dificuldades para obter a permissão de entrada no Brasil. O regime autoritário vigente, nos seus dias mais tempestuosos, temia que com elas viessem lições de uma alta dignidade que costuma incomodar e fazer tremer os poderosos, todos os poderosos do momento, de ontem e de hoje. Não foram poucas as expedições de humanismo despachadas para remover o veto, não pessoal, à entrada das religiosas. A Irmã afinal veio e escreveu entre nós uma silenciosa e belíssima Página de Amor. Imorredoura - como se dizia. E que, como todo exercício do Amor, pede modéstia, silêncio, humildade, abnegação - palavras em desuso. É assim que agora parte, sem nada esperar, sem coisa alguma pretender, sem o mais mínimo requesto de sinais de reconhecimento. Renúncia tão própria da vida humana dos santos, e dos que lhes seguem os caminhos de luz, como os casos aqui lembrados.
Montes Claros, ainda que tarde, uma dia compreenderá o que significou na sua vida, o que significa, a Missão que no princípio do século passado, nas pegadas do Padre Francisco Morreau, veio dar nas terras do Norte de Minas.
A cidade belga de Beerlar é, por todos os títulos, a irmã mais irmã de M. Claros. E muita dificilmente poderemos pagar em qualquer tempo as contas deste tesouro que a mais alta Caridade nos enviou.

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