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Mensagem: ARQUIDIOCESE DE M. CLAROSJosé Prates Contando, é difícil de acreditar. Sempre estou em contato com Montes Claros, através do moc.com. e não sabia, por falta de informação e não de interesse, que a Diocese tivesse sido alçada a Arquidiocese. A surpresa veio quando vi o nome do autor de uma crônica em forma de comentário, que li no moc.: Dom José Alberto Moura, Arcebispo Metropolitano de Montes Claros. Arcebispo? Com espanto, foi a pergunta que me fiz. Telefonei para meus parentes e disseram-me que não era novidade; a mudança já era antiga. Antiga, mas, eu não sabia. Ninguém me falou. Quando me certifiquei da mudança, procurei saber o que aconteceu e fiquei sabendo que “depois de 18 anos tendo Dom Geraldo Majela de Castro como Arcebispo Metropolitano, a Arquidiocese de Montes Claros (Arquimoc) ganhou o seu segundo Arcebispo e sétimo Bispo Diocesano em 07 de fevereiro de 2007, quando o Santo Padre, o Papa Bento XVI, transferindo Dom José Alberto Moura da Diocese de Uberlândia, nomeou-o líder dessa Igreja...”. Ao inteirar-me disso, lembrei-me do velho “palácio episcopal”, com dois andares e muitas janelas, dominando a praça, abrigando agora um Arcebispo. Veio-me, também, à mente, como um filme projetado pela lembrança, a figura do último Bispo que eu conheci em Montes Claros, Dom Victor Sartori, gaúcho, o quarto Bispo da Diocese. Lembrei-me quando uma comissão de vereadores, representando a cidade, que eu como repórter acompanhei, foi à Cidade de Porto Alegre assistir ao ato solene de ordenação episcopal do novo bispo. Solenidade bela e comovente. O tempo passou, tudo evoluiu. Depois de Dom Vitor foram mais três Bispos, incluindo o atual e na minha memória está somente a imagem de D. Vitor, porque os outros prelados eu não os conheci nem de nome. No meu tempo, Moc Bispado, era Bispo;. há dezoito anos alçado a arcebispado, é arcebispo. Bispo agora é auxiliar e até hoje, eu não sabia disso acontecendo em Montes Claros! E quem é o Arcebispo atual? Dom José Alberto Moura, um intelectual. Psicólogo e escritor com vários livros publicados, membro da Academia de Letras do Triangulo Mineiro e, antes de tudo, um Pastor convicto de sua missão pastoral., teve essas mesmas qualidades, o terceiro Bispo da Diocese, Dom Antonio de Almeida Morais Junior, também intelectual, grande conferencista, membro da Academia Mineira de Letras. Foi empossado solenemente, na Catedral N.S. Aparecida em 1949. Em novembro de 1984, aos 80 anos, arcebispo aposentado, faleceu em Guaratinguetá, onde residia. Constata-se por isso, que foi uma Diocese privilegiada, continuando o mesmo privilégio agora na arquidiocese. Isso aumenta o prazer e a vaidade de um montesclarense que tem orgulho de sua cidade. Pra chegar a Arquidiocese, alguma coisa aconteceu que justificasse a elevação. Injunção ou pressão política, com certeza não foi. Pensando bem, o que aconteceu e contribuiu para alçar a Diocese, foi o aumento do catolicismo na região. Enquanto, católicos em algumas outras regiões do país migram para outras crenças, em Minas Gerais, principalmente no norte do Estado, existe fidelidade à Igreja Católica e isto nos enche de alegria, não por sermos católicos, mas, porque é a afirmação da fidelidade religiosa do povo mineiro, nosso povo. Onde há religiosidade, obviamente existe paz, harmonia e fraternidade, indispensáveis à boa convivência em sociedade. . Migrar para outra Igreja sempre aconteceu no cristianismo, depois de Lutero. Mas, não vou falar sobre isto por não ter nenhuma autoridade ou condição. Não conheço outra Igreja, mas, respeito a opção religiosa de cada um, como um direito que lhe assiste. Certa vez estava atravessando o canal de Suez, saindo do Egito, mais precisamente de Alexandria, para a Europa, o prático, um profissional de navegação local, conhecedor do canal, que pilotava o navio, perguntou qual minha religião. Simplesmente, respondi sem comentário: Cristão. Ele disse, também, sem comentários: “Sou mulçumano, mas, o nosso Deus é o mesmo”. Isto me impressionou bastante. A crença é opção de cada um, o importante é ter consciência de que Deus é um único. (José Prates é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros de 1945 a 1958 quando foi removido para o Rio de Janeiro onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)
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