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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de setembro de 2024
 

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Trânsito caótico

Sem que tenhamos necessidade de nos socorrer da Teoria do Caos, que vem sendo desenvolvida a partir da década de 1960, quando o meteorologista norte-americano Edward Lorenz descobriu que “acontecimentos simples tinham um comportamento tão desordenado quanto à vida”, ou dos estudos de Yorke e Robert May com a chamada “equação logística”, somos levados a admitir que o trânsito nas ruas de Montes Claros está confuso e desordenado.
A falta de ordem, determinada pela própria estrutura urbana da cidade, vem se agravando com o crescimento diário do número de veículos nas vias públicas, carros e motocicletas, com a presença de carroças e principalmente de grande quantidade de bicicletas. Essa desordem é, sem sombra de dúvidas, o grande problema a ser enfrentado pelos futuros administradores locais.
Por outro lado, os passeios, mesmo os do centro da cidade, não atendem ao fluxo dos pedestres, que muitas vezes são levados a transitarem pelas pistas de rolagem dos veículos.
O trânsito pelas vias públicas é regulamentado por lei. Os condutores de veículos motorizados são preparados em escolas, mas muitos deles, por necessidade forçada pelas circunstâncias, são levados à inobediência das normas pré-estabelecidas.
Apesar do aumento do número de cruzamentos controlados por semáforos, estes nem sempre estão em sintonia, provocando engarrafamentos que poderiam ser evitados.
As regras de circulação são impostas também aos pedestres e precisam ser obedecidas pelos carroceiros, no entanto, estes, muitas vezes menores de idade, não são preparados e não possuem carteira de habilitação.
Uma categoria, entretanto, é absoluta: a dos ciclistas. Estes não atendem a nenhuma norma, circulam livremente na mão e na contra-mão, nas ruas e sobre os passeios, sem qualquer controle ou fiscalização.
No passado, que não vai muito distante, todas as bicicletas eram registradas nas Prefeituras Municipais e obtinham uma pequena placa de identificação. Isto acabou, sem que a lei fosse revogada. Apenas não é mais cumprida. Esta identificação poderia auxiliar o controle.
Na grande maioria das grandes cidades, o trânsito de bicicletas é controlado através de vias próprias, as chamadas ciclovias, e os ciclistas obedecem às leis de trânsito. Nas cidades planas o uso de bicicletas deveria até mesmo ser incentivado, objetivando o barateamento dos transportes, mas em Montes Claros as bicicletas estão se transformando em um verdadeiro caos. Impõe-se, já, que nas escolas sejam ministradas aulas de trânsito, isto porque, para se conduzir uma bicicleta, não é exigido nenhum documento de habilitação.
Em Amsterdã, ou Amsterdão como dizem os portugueses, o uso de bicicletas chega a ultrapassar o de carros ou de motos. A cidade é plana e permite o uso desse meio de transporte não poluente. Ali, todavia, existe controle e as regras são observadas rigorosamente. Naquela metrópole, os passeios são largos e satisfazem aos pedestres. As ruas possuem pistas para carros e bicicletas e, em algumas, para bondes, e tudo funciona bem. Ali, por desatenção, quase fui atropelado por um ciclista, porque invadi distraidamente a ciclovia.
Em Montes Claros, não sendo possível uma mudança das ruas, que não foram projetadas para o desenvolvimento ocorrido na cidade, por imprevisão do passado, impõe-se o estabelecimento imediato de um controle, especialmente na área central.
Em conversa sobre o assunto, semana passada, com Dário Cotrim, achamos, sem sermos técnicos ou especialistas em trânsito, que algumas ruas poderiam, como ocorre com o Quarteirão do Povo, serem interditadas para o uso de veículos e os ônibus e caminhões poderiam ser desviados para fora da área central.

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