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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Liberdade e imprensa


Oswaldo Antunes

Jornalista - [email protected]

Quando se comemora o dia em que a imprensa nasceu no Brasil (10.9) às vésperas de escolha partidária marcada por influência da mídia no país inteiro, vale refletir sobre o dever de informações objetivas e moralmente corretas sobre política e políticos.

Se a prestação do serviço de informar acontece a partir de atos individuais, susceptíveis de influências, tais atos criam o subconsciente coletivo e influenciam também as decisões para o bem ou mal da comunidade. E não há possibilidade de assegurar de fato, muito menos de direito, a independência e imparcialidade dos meios de comunicação e dos jornalistas.
Assim como ocorre com o livre arbítrio, que seria responsável pelos crimes e pecados do homem, o trabalho do jornalista está sujeito à influência de fatores emocionais.

Ele responde a uma chefia pelos seus atos e obedece a diretrizes quando coleta, redige, veicula ou comenta os acontecimentos.

Sua própria inteligência emocional leva a tomadas de posição. Daí o motivo por que muitos entendem que independência e imparcialidade dos meios de comunicação e de quem os faz é objetivamente impossível, passando a apenas ideal próximo do mito.

Mas os ideais existem para ser seguidos e comportam análise. Assim como não deve haver imparcialidade entre o bem e o mal, o órgão de imprensa não pode calar-se diante do crime, nem deixar de posicionar-se em defesa do bem coletivo. Mesmo porque, para o jornal e o jornalista, a notícia e a interpretação correta dos fatos são contra-prestações por serviço pago pelo usuário. Por dever, não lhes é moralmente permitido compactuar com o atraso, a ignorância ou a corrupção.

Foi como jornalista que Karl Marx começou sua influência sobre o meio social e, ciente da obrigação de bem formar a opinião pública em benefício do ser humano, formulou idéias que influenciam ainda hoje a valorização do trabalho e a distribuição das riquezas.

O grande escritor e sociólogo inglês Chesterton disse uma vez que, se voltasse hoje ao mundo, em vez do apóstolo São Paulo, seria jornalista. E Paulo, o mais objetivo dos apóstolos, não foi imparcial quando pregou mudanças. Ao contrário, afrontou quem queria o reino dos céus somente para os privilegiados. E mostrou que a palavra, algumas vezes como o bisturi, deve cortar e ferir para extirpar o mal.

O mal não se extingue por si, como há um tipo de imprensa vergonhoso: aquele que os políticos conseguem do poder público para si e seus propósitos.

Vale apropriarmo-nos da informação de que meios de comunicação na Bahia são da família do senador Antônio Carlos Magalhães. No Sergipe, do ex-governador Albano Franco; em Alagoas, de Fernando Collor; no Rio Grande do Norte, do ex-ministro Aluízio Alves e da família do ex-presidente Sarney os do Maranhão.

E como estou escrevendo de Montes Claros, é importante lembrar que, aqui, um jornal e duas estações de rádio pertencem a deputados.

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