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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Força-tarefa prende quadrilha
Agentes federais cumprem mandado em fazenda de grupo paulista, no Norte de Minas, em uma das operações montadas para combater fraude milionária nas contas da previdência social - Landercy Hemerson
Uma força-tarefa, formada pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e Ministério da Previdência Social, prendeu ontem 21 integrantes de quadrilhas paulistas, que agiam em São Bernardo do Campo e seriam responsáveis por um rombo estimado em R$ 200 milhões aos cofres públicos, desde 2003. Numa primeira análise, foram constatados indícios de fraude em 349 benefícios previdenciários, o que representa o pagamento de R$ 8,7 milhões em auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. A ação de ontem foi desencadeada por equipes no interior de São Paulo, além do cumprimento de um mandado de busca e apreensão em Montes Claros, Norte de Minas.
O delegado federal Cristiano Ladeira, da PF em Montes Claros, disse que apenas recebeu orientações para o cumprimento de mandado numa fazenda na zona rural da cidade, a 15 quilômetros do Centro. “A operação está sendo realizada pelo pessoal de São Paulo. O mandado de busca e apreensão nos foi enviado, mas não temos conhecimento das investigações”, explicou.
Na fazenda foram apreendidos um notebook e vários documentos. A propriedade pertence a um grupo paulista, cujos nomes dos integrantes não foram revelados. O delegado Ladeira não soube informar se a fazenda é produto de lavagem de dinheiro ou se os acusados usavam o local para atividades criminosas. Ninguém foi preso na sede da propriedade rural.
Além das 21 prisões, ontem os agentes federais de São Paulo cumpriram 38 mandados de busca e apreensão na capital e interior do estado, nas cidades de São Bernardo do Campo, Santo André, Diadema, Mogi das Cruzes, Guareí, Americana, Campos do Jordão, Guarujá, Bertioga, Santos e Itanhaém. Desde 2003, a força-tarefa prendeu 238 acusados e demitiu 387 servidores de agências previdenciárias. Neste ano já foram realizadas 28 operações no país. Entre os presos ontem, estão três servidores técnicos, três médicos peritos, um advogado e um vereador e dois candidatos.
As quadrilhas corrompiam médicos peritos e outros servidores de agência para que concedessem benefícios a pessoas saudáveis e com plena capacidade laboral
As investigações constataram indícios de que empresários e advogados de São Bernardo do Campo intermediavam a concessão fraudulenta de benefícios previdenciários, especialmente os de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez, requeridos na agência da Previdência Social da cidade. (...)
Os segurados, que conseguiam o benefício por meio de fraude, ao receber as prestações correspondentes, tinham de entregar parte delas aos integrantes das quadrilhas. Se assim não fizessem, os médicos peritos da Previdência Social ligados às quadrilhas, como punição, não renovavam o benefício e os segurados, de uma hora para outra, tornavam-se plenamente saudáveis.

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