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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: Um pedido de ajuda

Manoel Hygino (Jornal ´Hoje em Dia´)

Numerosos fatos não mais surpreendem. Entre eles, a má qualidade do ensino, a despeito das iniciativas e propostas de governo e dos técnicos. Algo se teria de fazer vencer esse obstáculo ao nosso desenvolvimento, que se mede pelos resultados alcançados, que poderiam ser bem mais elevados.
Começa da educação. O país se transformou numa nação de pessoas mal-educadas, o que se avalia pelo vocabulário de baixo calão que se ouve nas ruas, nos recintos públicos, às vezes mesmo em sociedade. Não há mais respeito onde quer se esteja, usando essa linguagem de sarjeta mesmo as ½senhoras” e senhorinhas. Perdemos noções de recato, de refinamento natural, que existiam mesmo entre os rudes.
De liberdade, de novos tempos, assim se vê o momento em que vivemos. Os pais, alguns deles, ensinam aos filhos o palavrório obsceno, antes restrito ao círculo dos marginais ou dos bordéis. Talvez eu seja rigoroso na observação dos fatos ou pudico.
Aprende-se mal na escola, assimilam-se lições indesejadas na promiscuidade das habitações, que sequer constituem um lar, na verdadeira acepção da palavra. Da performance nos educandários, avalia-se pelo resultado de recente estudo, revelando que 64% dos jovens adultos brasileiros que chegaram à quarta série não sabem ler e entender textos extensos. Outros 12% continuam rigorosamente analfabetos, após o quatriênio escolar. Os dados foram fornecidos pelo Ibope. Entre as razões, salas de aulas lotadas, professores não especializados em alfabetização e falta de material que incentive e facilite o aprendizado.
No Paraná, eu não sei qual a cidade, propôs-se que as salas de aula fossem monitoradas com câmeras para registrar agressões contra os professores. Não exatamente por bandidos, os marginais que por ali rondam. Mas contra os próprios alunos, que desafiam os mestres e põem em risco sua integridade física.
Constrói-se uma catástrofe no país. Espero que minhas conclusões não correspondam à realidade futura. As perspectivas, todavia, me parecem sombrias. A agressividade mora entre os de tenra idade e temo pelo horizonte. Os que deviam estudar, na paz das escolas, não encontram muitas vezes o melhor ambiente, embora o sacrifício das queridas mestras, fadas de todas as épocas.
Não inventei: o Brasil é, presentemente, o terceiro maior consumidor de anfetaminas são só para os que têm dinheiro. Nos últimos 12 meses, os seus consumidores, tipo ecstasy, superaram os usuários de cocaína e heroína. Mas para os mais modestos em orçamentos ou os viciados crônicos, e pobres, e jovens, há outras drogas disponíveis. Lastimavelmente.
Leiam comigo a preciosidade de um anônimo, que teve acesso a computador, no dia 11 de setembro: ´Eu estou aqui hoje para falar sobre um absurdo que está acontecendo no incino puplico...os professores e a diretora da escola estadoal simeão ribeiro dos santos entrarem em greve ja tem 2 semanas, e os alunos so vamos nos prejudicando... a materia fica atrasada e os professores começam a correr contra o tempo para dar pra aplicar toda a matéria do conteudo... e os alunos que fazem o PAES???”. ´nos os alunos ligamos para a escola e eles dizem que ira ter aula nos acordamos cedo, pegamos as mochilas que nao e leve e vamos para a escola, ao chegar nao tem professores na ecola eles nao querem dar aula, e mais absurdo e que o professor de quimica (...) da aula e os outros professores dizem que quem NAO for para a escola eles irão dar pontos... eu so peço uma ajuda...”

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