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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: Complexo de Edipo

Leio no Gazeta Norte Mineira, edição de 10 de outubro, que filho engravida a própria mãe em São Francisco, a terra do mais lindo pôr-do-sol de todo o Norte de Minas. A notícia causou-me uma natural repulsão pelo inusitado.
Esclarece o noticiário, de primeira página, que uma mãe de 48 anos teria sido engravidada pelo próprio filho de 28 anos, em relações continuadas, mas sempre, como relata a mãe, sob ameaça. Não creio na ameaça, mas sou levado a concordar com a realidade fática. Aconteceu. Teria sido estupro mediante ameaça ou concordância passiva.
Épido, personagem de um conto grego, teria matado o próprio pai para se casar com sua mãe. Em versões diferentes, a história de Épido é contada e chegou até nós. Por uma delas, Laio o rei de Tebas havia sido alertado pelo Oráculo de Delfos que uma maldição iria se concretizar: Seu próprio filho o mataria e que este filho se casaria com a própria mãe. Logo que o filho nasceu, Laio tentou matá-lo, deixando-o abandonado no monte Citerão pregado com um prego em cada pé. O menino foi recolhido mais tarde por um pastor e batizado como Edipodos, o de ´pés-furados´, que foi adotado depois pelo rei de Corinto e voltou a Delfos. No caminho, Édipo encontrou um homem e, sem saber que era o seu pai, brigou com ele e o matou. Terminou por casou-se ´por acaso´ com sua mãe, com quem teve quatro filhos (Etéocles, Polinice, Antígona e Ismena). Quando da consulta do oráculo, por ocasião de uma peste, Jocasta e Édipo descobrem que são mãe e filho, ela comete suicídio e ele fura os próprios olhos por ter estado cego e não ter reconhecido a própria mãe. Édipo, por sua relação incestuosa com sua mãe, é hoje o herói grego mais famoso depois de Hércules.
Os diversos mitos que envolvem a criação da cidade de Tebas, que chegaram até nós pelos atenienses Ésquilo, Sófocles e Eurípedes, são tão antigos como as as histórias relatadas na Ilíada e na Odisséia.
Freud esclarece que o Complexo de Édipo verifica-se quando a criança atinge o período sexual fálico, na segunda infância, e dá-se então conta da diferença de sexos, tendendo a fixar a sua atenção libidinosa nas pessoas do sexo oposto no ambiente familiar.
A psicologia esclarece o que hoje chamamos de Complexo de Épido, que tem caráter universal. Ele caracteriza-se caracteriza-se por sentimentos contraditórios de amor e hostilidade. O amor à mãe é natural em toda criança. A idéia central do conceito de complexo de Édipo inicia-se na ilusão de que o bebê tem de possuir proteção e amor total, o que é reforçado pelos cuidados intensivos que o recém nascido recebe da mãe por sua condição frágil. A criança, em geral ama a mãe e tem ciúmes do pai, principalmente quando ele descobre que a mãe pertence ao pai e não a ele.
O caso acontecido em São Francisco não se afasta do que a humanidade já conhece há milhares de anos e procura explicar. O caso é, entretanto, inexplicável dentro dos conceitos morais vigentes.
Se o filho tinha relações com a própria mãe de forma corriqueira, mesmo sob ameaça, de certa forma ocorreu a aceitação desta, mesmo porque somente resolveu denunciar o fato por não ter o filho, pai de seu filho, concordado em assumir a paternidade. Cabe à polícia elucidar a verdade para ser, depois, decidida pela Justiça. Vamos aguardar.
Com a liberação sexual dos tempos modernos muito se terá que ouvir e ver, até que o próprio ser humano se identifique como criatura superior dentro da cadeia evolutiva e não como um simples animal.

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