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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 24 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Estudo propõe fim da cultura da pobreza em Montes Claros - Girleno Alencar - O fim da mentalidade de pobreza é uma das alternativas para o Norte de Minas e os vales do Jequitinhonha e Mucuri saírem do atual quadro socioeconômico. O diagnóstico, elaborado pelos pesquisadores Cléber Carvalho de Castro e Joel Yutaka Sugare, da Universidade Federal de Lavras, aponta que há uma cultura, nessas regiões, de se mostrar como pobre e carente, para receber mais ajuda do Governo, o que espantaria investidores e esconderia potencialidades e riquezas locais. O trabalho foi apresentado, na manhã desta segunda-feira (22), no workshop do Centro de Estudos para a Convivência com o Semiárido, no auditório Mário Ribeiro da Silveira, da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). O centro foi implantado pelo Governo estadual, em ação conjunta das secretarias de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e do Desenvolvimento do Norte de Minas e dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, como uma das medidas para estabelecer a convivência sustentável com os efeitos da seca. Segundo a coordenadora do centro de estudos, Anete Marília Pereira, os pesquisadores responsáveis pelo diagnóstico, coletaram dados junto a 17 instituições e elaboraram o documento, que servirá como base para a definição de um plano diretor e para evitar a superposições de ações entre órgãos públicos. “Não temos solução para a seca, mas queremos desenvolver pesquisas para ajudar a conviver com ela, com orientações sobre o período de safra, mudando a época do plantio para adaptá-lo à realidade climática”, afirma Anete Pereira. Os pesquisadores Joel Yutaka Sugare e Cléber Carvalho de Castro afirmam que identificaram vários pontos fracos e fortes do Norte de Minas, além de ameaças e oportunidades. De acordo com o estudo, “os pontos fortes são a riqueza da cultura, os diversos microclimas, a privilegiada posição geográfica, o artesanato, o extrativismo e a tecnologia popular. E os fracos, “o êxodo das cidades para a zona rural, a migração de mão de obra para canaviais e cafezais, a frágil da comercialização da produção, a baixa escolaridade dos produtores, a baixa disseminação de informações, a falta de caracterização específica em cada microrregião e a dificuldade de absorção e alocação de recursos humanos, além da precária estrutura dos serviços, como hotéis e restaurantes”. No caso das ameaças, o diagnóstico identificou, entre outros, a inconstância das chuvas em curto espaço de tempo e sua distribuição irregular, o risco de desertificação, dificuldades para os conhecimentos serem disseminados para o produtor, reforma agrária ineficiente e mentalidade de pobreza para captar recursos. No caso das oportunidades, são várias, conforme o levantamento, com ênfase no turismo como forma de gerar empregos e renda. Os pontos diagnosticados foram discutidos com pesquisadores do Norte de Minas, para embasar o plano diretor do Centro de Estudos para a Convivência com o Semiárido.

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