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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 22 de novembro de 2024
 

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Mensagem: A POLUIÇÃO SONORA CONTINUA JOSE PRATES Em dezembro último, quatro meses passados, publicávamos aqui no MURAL, um artigo elogiando a decisão do Sr. Prefeito Municipal de Montes Claros de criar uma “patrulha do silêncio” para coibir o abuso sonoro perturbador do sossego público e agressor do meio ambiente. Dizíamos que essa patrulha poderia ser o primeiro passo para inclusão da cidade na maneira civilizada de viver em sociedade. Dissemos, também, que a certeza das boas intenções do prefeito estava na sua declaração púbica de que “a Patrulha do Silêncio não vai somente fiscalizar e multar os que teimarem em promover shows barulhentos, mas, tem também o objetivo de educar os moradores”. Infelizmente, essa patrulha ficou, apenas, no anuncio. Silêncio houve dois ou três dias após o anúncio. Depois, como reclamam os leitores, tudo recomeçou, chegando ao absurdo de moradores pretenderem instalar em suas casas um sistema de proteção acústica, como Patrícia que em sua mensagem nos diz que “diante do descaso das autoridades que não fazem nada em combate à poluição sonora tenho que dar o braço a torcer e fazer na minha casa um isolamento acústico. Alguém sabe informar se em Montes Claros tem alguém que entenda do assunto e faça este serviço? Se alguém souber e puder me informar,” A nosso ver, o que pretende essa Senhora é um absurdo em se tratando de uma cidade como Montes Claros. Em alguns lugares do subúrbio do Rio de Janeiro, por exemplo, existem locutores à porta de lojas e carros de som percorrendo as ruas dentro do horário comercial; alguns bares promovem shows, às vezes barulhentos, respeitando, porem, a lei do silêncio, porque se não o fizer, pode ter seu alvará cassado, o mesmo acontecendo com os clubes que venham a desrespeitar o sossego dos vizinhos. O que existe em Montes Claros e que está à vista de qualquer um, não diz que seja falta de autoridade do governo municipal, mas de interesse dessas autoridades em resolver a questão o que inibe a ação policial, mesmo tratando-se de um caso de ação pública como é este. A população reclama com veemência, usando os meios de que dispõe, mas, sem qualquer resultado como é visto por todo mundo. Há quatro meses passados quando o Sr. Prefeito veio a publico para uma comunicação à sociedade, ou melhor aos seus munícipes, dizendo da criação da Patrulha, vimos no MURAL as manifestações de apoio vindas da população que acreditou no que foi anunciado. A alegria demorou pouco, porque a patrulha sumiu, ou melhor, nem apareceu. O barulho continua perturbando os pobres moradores que agora nem têm mais a quem reclamar a não ser deixar visível a grande frustração. Em nosso artigo daquela época, dizíamos que seja qual for o meio de repressão à barulheira incomodativa do cidadão, não devia limitar-se à aplicação de multas aos infratores como punição, mas, também, promover debates, palestras, até mesmo publicidade, que venham conscientizar o habitante a não permitir a poluição sonora que prejudica o meio ambiente e fere o sagrado direito do cidadão ao repouso noturno, depois de um dia de labuta. Talvez a conscientização dos efeitos prejudiciais da ação poluidora do meio ambiente seja mais importante e eficiente que a punição propriamente dita. Entretanto, nada disso foi feito, continuando os baderneiros na sua ação poluidora com prejuízo ao sossego e repouso da população trabalhadora. A Patrulha, como disse a Sra. Bruna Rocha, que sem muito trabalho, descobriu e veio ao Mural com a mensagem 54586 esclarecer a situação, dizendo-nos que “quem quiser conhecer o carro da Patrulha do Silêncio, comprado com dinheiro do Fundo Municipal de Meio Ambiente, destinado pelo Ministério Público, está estacionado entre as salas do Secretário Municipal de Meio Ambiente e do Supervisor Regional de Meio Ambiente do Estado, tomando sol e chuva e imóvel. Tomara que comece a ser usado.” Não sei se ainda está ali, mas é bom conferir. (José Prates, 81 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores).

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