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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 22 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Os convidados para a festa do “Mais Lido” ALBERTO SENA Às vezes é preciso explicar o óbvio; então, vamos lá: jornal nenhum do mundo é feito só por jornalistas. Aliás, jornalista não faz jornal, escreve. Quem faz jornal mesmo são os funcionários da oficina. Tanto é verdade que, se a Redação fizer greve, uma pessoa só, digamos, o dono, faz o jornal circular com a ajuda dos funcionários da oficina. O contrário não é a mesma coisa. Se a Oficina entrar em greve, adeus jornal. Com o JMC, o “Mais Lido” ou “O Jornal de Montes Claros” do meu tempo (década de 1960) e depois de mim, não era diferente. Escrevíamos, mas quem fazia o jornal mesmo eram os funcionários da oficina. E de tanto falar aqui sobre o “Mais Lido”, que recentemente fez 20 anos de fechamento, para tristeza de todos nós, me veio a ideia de homenagear aquela turma que, de maneira artesanal, fazia o jornal circular três vezes por semana. Veio-me, pasmem, até a ideia de propor a oportunidade de promover aí nesses montes que ainda creio ser claros, um simpósio ou o que valha, sobre o JMC, mas pelo visto a coisa não foi adiante. Ideias, minha gente, não faltam na cachola. O que falta é quem execute as idéias que aos borbotões brotam. De maneira que, na falta de um simpósio sobre o nosso “quase utópico jornal”, como diria o dono dele, Oswaldo Antunes, vamos fazer de conta que, daqui e agora, vou promover uma festa a fim de lembrar aquela gente que fazia o jornal de então. Para organizar a festa, enviarei convite a todos, mas antes preciso contar com a ajuda da memória de elefante do meu irmão Waldyr Senna. Ele tem na ponta da língua os nomes das pessoas que fizeram do jornal uma lenda. Vou convidar os vivos e também os mortos, pois esta será uma festa de arromba, tão boa que vai parecer coisa do outro mundo. Claro, eu não posso fazer uma coisa desta sem antes pedir licença ao dono, Oswaldo, e também ao próprio Waldyr, pois respeito a ordem hierárquica e o fato de serem eles os mestres e por isso mesmo são os primeiros convidados. Antes de enviar daqui da capital os convites, peço, portanto, a ajuda de Waldyr na formatação da lista de convidados e, tenho certeza, ele vai dizer, com o seu jeito característico: “já soube, por outras vias, do seu propósito de promover encontro dos sobreviventes do JMC. Não acho a ideia boa nem ruim, nem vice-versa. É uma ideia que talvez não se concretize por falta de sobreviventes. Ou então, o encontro deve ser realizado logo para aproveitar os que ainda insistem em sobreviver”. Se a festa fosse realizada décadas atrás, a lista de convidados me seria enviada por carta ou por telefone, mas como vivemos a era da internet, tudo se resolve pela via eletrônica, desde que ele encontre um tempinho disponível para listar os convidados, pois o homem até hoje trabalha e trabalha. Como trabalha! De antemão, peço desculpas, se porventura eu me esquecer de convidar alguém, mas adianto: a lista de convidados sairá quentinha da memória de Waldyr, como saíam as plaquinhas de chumbo da linotipo do JMC prontinhas para a paginação do jornal na oficina da Rua Dr. Santos, 103, aí em Montes Claros. Eis a lista: “Walter Andrezzo – linotipista (falecido); Milton Ruas – linotipista (não sei por onde anda); João Dias (e não José) – paginador (surge de vez em quando); Dona Maria – expedição (foi “expedida” há tempos); Heloisa (sumiu, reapareceu e de novo sumiu); Tião Camurça – impressor (cantor que “cantava” – ainda vive); Zé Versiani – grande figura, barulhento e agitado (vivo); Zé Colares – paginador dos mais eficientes (morto ); Marcionilio, antes do Zé (foi para Divinópolis, onde morreu); Odete Orlina (secretária, consta que não está bem, mas sumiu); Florival Ferreira (ótimo repórter, foi trabalhar na CEF, em Paracatu – ou seria João Pinheiro? – onde “mexe” com rádio); Flávio Pinto – que você conhece, tem até livro publicado; Caio Lafetá – de rápida passagem (foi-se); Reginauro Silva (dirige um jornal aqui, de Rui Muniz); Hélio Ribeiro (virou professor e nunca mais eu vi); Garcia (ou, se preferir, Nenzinho, ou “Astronauta”, como dizia Lazinho, pois ele tinha aparência de um ET devido aos óculos) – é mototaxista e o encontro sempre; Lazinho – preciso falar? Sempre que ele me via “jogando pedra”, naquele aperto doido, chegava advertindo: “cuidado, você está trabalhando demais, olha o infarto” (morreu há uns quinze anos, de infarto do miocárdio); figura da melhor qualidade, sempre presente na nossa memória); Waldemar Brandão – ótimo profissional, foi para o Banco do Brasil em Brasília, onde foi redator de uma revista do BB; aposentou-se e mora em BH, fazendo o quê, não sei; centenas de vendedores do “Jornal de Montes Claros de hoooooooje”, que eram crianças e se tornaram adultos e atualmente me reconhecem na rua e conversam comigo como se eu fosse computador para armazenar na memória aquela cambada toda); estes, certamente, sobreviverão muito tempo ainda, mas não poderão ser convidados para a grande festa que você pretende promover; envelheceram muito, pois eram crianças e agora são adultos e ninguém sabe por onde andam”. Recebida a lista, acrescento, entre os convidados: Zé Branco (ainda vive?), Lúcio Benquerer, Robson Costa (falecido), Carlos Lindenberg, Paulo Narciso, Itaumary Telles, que entrou em meu lugar logo que saí do JMC para o jornal Estado de Minas; Paulo Braga e... Se me esqueci de mais alguém, repito, peço desculpas. Mas todos se sintam convidados para a festa. De modo geral, os montesclarenses ausentes e presentes, inclusive o ex-escravo, Tuia, que tinha uma casinha de madeira azul na garagem da casa velha da rua Dr. Santos, 103.

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