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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 21 de novembro de 2024
 

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Mensagem: MONTESCLAREADAS V (“dedicada ao nosso querido Gerinha Português que recentemente retornou das Alterosas onde foi submetido a intervenções cirúrgicas com absoluto sucesso” - receba, pois a homenagem do cronista e do www.montesclaros.com.) Biótipo mignoni, caucasiano, olhar atento, desconfiado e devastador. Andar rápido balançando os braços que nem pistoleiro da máfia. Para de repente e se volta para trás buscando surpreender alguém que o observe. Aí dá uma esculhambação no dito cujo. Sua missa é de corpo presente. Não despacha para o bispo. Fez história em nossa urbe como valentão arrochado. Com ele é assim: treitou relou, incorpora o bicho e bota pra quebrar. Não tem coré coré. O murrão da roça come em cima do pedido. Afinal estamos falando do “chas and hand” Gerinha Português, que embora não aparente ser é um executivo das finanças. Engana a todos por ser baixinho, tipo “tampa de binga” não tem porte de financista. Nos anos 60 era um verdadeiro romãozinho nas noites e dias dos Montes Claros. Líder da famigerada Trinca que levava o seu nome e bagunçava o coreto. Aonde ele chegava era sinônimo de quebra-pau. No auge das suas ´altas presopopéias´ chegou a pegar garupa em traseira de teco-teco e foi vítima de vários disparos de arma de fogo, entre outros, do famoso valentão Walter Zorro. Estava carregando seu patuá e as balas desviaram do alvo, muito embora os disparos fossem à queima roupa. Como tinha pinta de membro da Camorra Siciliana, alguém chegou a dizer que ele era um “capo”. Não se sabe bem se um “capo”, um “capo di capo” ou um “capo de tutti capi”. Ele tem o corpo fechado e faz da vida a métrica platônica: tragédias e comédias. Quando jovem chegou a se cogitar atuar numa longa metragem chamado “O Chefão da Chapada”. Uma lenda viva! Já sofreu uma boa dúzia de atentados. Bala comum, dum dum, faca, facão, foice e macumba feita em Nazaré das Farinhas. Foi mordido e rasgado por um valente cão policial, picado por escorpião urutu preto e por um casal de cobras jaracuçú-malha-de-cascavel, as famosas queixo-de-burro. Levou pancada com barra de ferro e soqueira. Ele é blindado por fora e por dentro. É um pequeno “capo” da terra de Figueira. Um chefão tupiniquim e, como leva a vida na maior ironia, mantêm sempre na face um sorriso de gato que comeu o bicudo de estimação. Pai extremado e avô coruja anuncia-se para quando completar os setenta anos de vida receberá os amigos e a galera de admiradores numa festa de arromba que, segundo o escritor Augustão Bala Doce, vai balançar o Automóvel Clube. Para o evento, vem gente do país e das estranjas. Dos Mesquita, “entramiando” com aos Rocha, até os Wanderley. Ele é o Capo do Pequi!

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