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Mensagem: A reflexão feita pelo Ponciano na questão da extração de minérios no norte de Minas, chama a população de Montes Claros, pelas suas lideranças políticas e empresariais, para ficar atenta à intensa intervenção que se processará no meio ambiente da região. A questão da água é emblemática: por ter elogiado a implantação intensiva de projetos agrícolas com irrigação, a região testemunhou o esgotamento do Rio Verde. O rio quase morreu de sede e pouco benefício parece ter ficado na região como resultado destes projetos (o polo de produção de frutas da Jaíba?...). A comunidade universitária da cidade podia muito bem discutir, nos programas de pós-graduação, de forma intensa e ampla esta proposta de expansão da fronteira mineradora para a nossa região. A questão não é só o transporte; o fato do reflorestamento já ter destruido fauna e flora específica do serrado (segundo especialistas uma das mais ricas do mundo...) e a mineração vir completar este trabalho perverso... Devemos discutir, também, a destinação deste minério: a proposta de escoar pela Bahia é ruim em todos os sentidos, pois uma delas é construir um novo porto, especificamente para minério, ao norte de Ilhéus, na região próxima de Itacaré, que é uma região de proteção ambiental e o retroporto vai acabar com a Lagoa Encantada. Será que teremos que assistir, mais uma vez, o aprofundar da destruição ambiental no norte-mineiro? Penso que devíamos ser visionários: se insistirem nesta sandice, que só beneficia os grandes especuladores financeiros internacionais, seria melhor propormos a criação do Estado de Santa Cruz de Cabralia, com capital na nossa monsclaros, e ocuparmos o sul da Bahia, como proposto desde quando construímos a Estrada Bahia-Minas (Araçuai-Caravelas) e cujas terras laterais foram cedidas ao Estado de Minas sem que nunca a tivéssemos reivindicado. Alevantai, povo valente...

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