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Mensagem: Houve um tempo, não tão distante, em que a voz de M. Claros se erguia por múltiplos caminhos. Falavam por nós os clubes de serviço, os políticos com mandato, as entidades de classe, notadamente a Associação Comercial e Industrial de Montes Claros. Vetusta ACI, onde pontificaram nomes como Antônio Loureiro Ramos, Corbiniano Aquino, José das Neves Corrêa e outros de igual valor. Ainda são bem lembradas as campanhas, no dealbar dos anos 70, que resultaram, por exemplo, no asfaltamento para BH, iniciativas que tiveram na velha ACI uma voz poderosa, constante, legítima, à altura de nossas necessidades muitas. Pois bem. Esta entidade, de maneira especial, e as outras, gradativamente, foram se emudecendo. Hoje, falam setorialmente, quase como num exercício de certo lobismo em voga. Veja o caso da internet 3G disponível em Montes Claros. É apenas paliativa, fraca, oportunista, de ocasião, quase um miado, limitando-se a quase só explorar pessoas, milhares, que necesitam de conexão permanente, de qualquer parte. O atendimento que ofertam é um simulacro, de teor abaixo do morno, preguiçoso, débil. E até hoje não se ouviu uma voz consistente, prestigiosa, alta, a reivindicar e defender em nome de todos os usuários, dispersos nas suas queixas murmurantes desde que o serviço 3G aportou à cidade, já faz mais de dois anos. A Câmara Municipal, coitada dela, também já teve um papel audível, mas hoje contenta-se em fornecer nomes para dependurar na folha de pagamento custeada com o dinheiro dos impostos. Infelizmente, não temos mais, como outrora, quem fale por nós, bem alto, bem longe. Mas Deus nos ouvirá, e nos enviará líderes que desejem mais do que a curta trilha do carreirismo de ocasião.

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