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Mensagem: MONTESCLAREADAS IX Montes Claros tem suas histórias de magia e mistério. Recentemente, aqui no “site” falei do Bode Zebedeu. Cabeceira do Vodu do gongá do saudoso babalorixá Chico Preto. Desmamado em um catimbó do Maranhão, o citado caprino foi trazido como encomenda a nossa urbe, para servir aos ritos afros da casa de santo já mencionada. Criado a pão de ló e com todo dengo que compete o seu “status”, tem a cama em que dorme dentro de uma camarinha. Como já participou de muitos e tantos ritos de Ebó, adquiriu a “subjugação” do ente chefe da casa. Volta e meia e estando fora da função ritualística, apronta e faz bagunças na circunvizinhança do Bairro doutor João Alves. Quando está na baixa veia libidinosa caprina, bota gente prá correr! Certa feita, carente de mimos degustativos e melindres, o bode de Chico Preto, como é também chamado, foi parar em uma frutaria localizada na Ponte Preta. Não sendo ente humano e como não carrega dinheiro de qualquer espécie, chegou na maior cara dura subiu na banca e devorou maçãs, peras e outras gostosuras. O proprietário, sabedor das artes da além fronteira de onde o invasor é originário, tomou cuidado. Defendeu-se, colocando uma cesta de frutas em definitivo à entrada. Nela afixou uma placa: “Repasto do Zebedeu!” Ficava assim posta e em definitivo, para quando bem o aprouvesse e a sua disposição, a refeição “light” do respeitado personagem de chifres citado... O fato mais notório, entretanto, se deu em uma boca de noite de um “Sabatto” na casa. O gongá preparado para a função, a hierarquia a postos, filhos e filhas de santo na roda quando entra um evangélico bramindo uma bíblia e ameaçando parar com tudo. Desafiou o chefe do culto a lhe provar que aquelas almas invocadas existissem, produzindo uma manifestação. Uma via de fato! O babalorixá exigiu respeito à casa, ao culto, ao livre arbítrio religioso, aos símbolos autorizados e registrados, o que eles representavam, aos presentes e convidados da noite. O invasor, entretanto, estava possuído da macaca urbana, coceira no “fiofó” e não deu bola para o que disse o xerife da casa. Seu Chico acabou aceitando o desafio. Mandou buscar o Bode Zebedeu na camarinha e o colocou em frente ao desafiante. Ato seguinte iniciou o diálogo: - Se o bode conversar racionalmente, o senhor se dá por satisfeito e vai embora, evitando até que eu perca a paciência e lhe dê uma vassourada na cabeça? O enfeitado invasor, fazendo boca de muxoxo e ar de môfa replicou, em resposta: “Prá mim, está de bom tamanho!” Ato seguinte, o caprino, atuado pela entidade do Ebó, ficou em pé sobre as patas traseiras, tomou uma postura arrogante e disse rilhando os dentes: “Se você demorar mais um minuto aqui, vou comer o seu terno engomado como sobremesa, seu palhaço enfeitado!” O mijo quente e ácido, aliados a dejetos líquidos jorrou pernas abaixo do invasor, numa cena grotesca e laxativa!
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