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Mensagem: FIDELIDADE DO CACHORRO JOSÉ PRATES A mensagem de Joel Alves Cardoso, publicada neste mural, diz que “no mesmo dia em que DIGUILA foi para o HU em 28.04.10, onde morreu, o seu cahorro Faraó desapareceu. Segundo o seu irmão Gilmar, a carrocinha o tinha levado. Quatro dias depois o cachorro foi encontrado pelo próprio Gilmsar em frente ao HU onde passava fome e sede. Estava à espera de DIGUILA.” É impressionante e nos causa espanto, a fidelidade do cachorro ao homem. As estórias de intervenção de cães em socorro de seus donos são sempre contadas mostrando a dedicação do animal ao seu amigo. E isto acontece em todos os lugares do mundo, porque a amizade do cachorro ao homem é universal, não é, apenas, de determinada raça ou origem. Aqui mesmo no Rio de Janeiro, houve o caso, comentado nos jornais da época, de uma cadela que se sacrificou para impedir o ataque de um “pitbul” a uma menina de seis anos, sua dona e amiga. O pequeno animal estava acompanhando a criança quando o feroz pitbul avançou sobre ela. A cachorrinha tomou-lhe a frente e enfrentou desassombrada, o agressor. Houve luta que terminou com a intervenção de pessoas que passavam pelo local. A cachorrinha, muito ferida, morreu dias depois. Outros casos semelhantes acontecem no dia a dia, mas, a maioria não é conhecida. Todo ano em abril – não sei o dia - ocorre uma cerimônia solene na estação de trem de Shibuya, um populoso distrito de Tóquio que tive a oportunidade de conhecer em 1983 quando fui, pela primeira vez ao Japão. São centenas de amantes de cães que se reúnem em homenagem à lealdade e devoção de um cachorro, fiel companheiro de um professor da Universidade de Tóquio, o Dr. Eisaburo Ueno, Essa cerimônia faz parte de uma estória que me contaram e que me ficou na memória pela sua beleza. Trata-se de uma das mais bonitas, se não, a mais bela e ímpar história de lealdade, fidelidade e incondicional amor de um cão para com seu dono. O professor Ueno morava em Shibuya, perto da estação de trem que levava (e que leva até os dias de hoje) o mesmo nome. Como fazia do trem seu meio de transporte diário até o local de trabalho, já era parte integrante da rotina do cachorro acompanhar seu dono todas as manhãs. Caminhavam juntos o inteiro percurso que ia de casa à estação de Shibuya. Mas, ainda mais incrível era o fato de que o cão parecia ter um relógio interno, e sempre às 15 horas retornava à estação para encontrar o professor, que desembarcava do trem da tarde, para acompanhá-lo no percurso de volta a casa. Um dia, depois de muitos anos cumprindo a rotina, o cachorro na hora certa, estava na estação como de costume, pacientemente (e de rabinho abanando!) à espera de seu dono. Só que o professor Ueno não retornaria naquela tarde; sofrera um derrame fatal na Universidade que o levara a óbito. Destarte, ainda que alheio da realidade, naquele dia o leal e fiel cachorro esperou por seu dono até à madrugada Após a morte do professor Eisaburo Ueno, conta a história que seus parentes e amigos passaram a tomar conta de Hachiko. Mas, tão forte e inexpugnável era o vínculo de afeto para com seu amado dono — lealdade, fidelidade e incondicional amor levados ao extremo —, que no dia seguinte à morte do professor ele retornou à estação para esperá-lo. Retornou todos os dias, manhã e tarde à mesma hora, na incansável esperança de reencontrá-lo, vê-lo despontar da estação de Shibuya. Às vezes, não retornava à casa por dias! Onze anos depois, debilitado, o cachorro morreu, deitado no local em que esperava o professor. São estórias que nos comovem . (José Prates, 81 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)
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