Este espaço é para você aprimorar a notícia, completando-a.
Clique aqui para exibir os comentários
Os dados aqui preenchidos serão exibidos. Todos os campos são obrigatórios
Mensagem: Sou aluna da escola estadual Francisco Sá e neste período em que os professores estavam em greve, eu li um livro de contos da escritora Lygia Fagundes Telles que narra a história de um cachorro à espera do seu dono que foi lutar na guerra.É linda essa história. A disciplina do amor Um jovem tinha um cachorro de estimação que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na esquina, um pouco antes das seis da tarde.Assim que via o dono, ia correndo ao seu encontro e na maior alegria, acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta a casa. A vila inteira já conhecia o cachorro e as pessoas que passavam faziam-lhe festinhas e ele correspondia, chegando a correr todo animado atrás dos mais íntimos. Mas logo voltava atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em que seu dono apontava lá longe. O tempo passa e eis que surge a grande guerra e o jovem foi convocado para a batalha. O cachorro não deixou de esperá-lo todos os dias como de costume. Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar ansioso naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse indicar a presença do seu dono bem amado. Assim que anoitecia, voltava para casa e levava sua vida de cachorro até chegar o dia seguinte. Então, disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata voltava ao seu posto de espera. O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro não morreu a esperança. Quiseram prendê-lo, distrai-lo. Tudo em vão. Quando ia chegando àquela hora ele disparava para o compromisso assumido, todos os dias. Todos os dias... Com o passar dos anos (a memória dos homens!) As pessoas foram se esquecendo do jovem soldado que não voltou. Os familiares voltaram-se para outros familiares. Os amigos, para outros amigos. Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuou a esperá-lo na “sua” esquina. As pessoas estranhavam... Mas quem esse cachorro está esperando?... Numa tarde de inverno, ele lá ficou... o focinho voltado para “aquela” direção. Extraído do livro de contos de Lygia Fagundes Telles,1980.
Trocar letrasDigite as letras que aparecem na imagem acima