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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 16 de maio de 2024
 

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Mensagem: O BEM-ESTAR DE TODOS ALBERTO SENA O barulho incomoda os montes-clarenses. E é tanto barulho que chegou até aos ouvidos do grande jornalista e cronista José Prates, lá no Rio de Janeiro (RJ). Assim como também chegou aos nossos ouvidos e se misturou aos barulhos desses píncaros da Serra do Curral. A essa altura da barulheira, já deveríamos ter em mãos um estudo de abrangência maior que permeasse as áreas política, antropológica, socioeconômica, ambiental, cultural etc. para pelo menos encontrar os porquês de quase duma hora para outra as pessoas terem passado a fazer (e até a importar) barulhos, como se os tímpanos dos outros fossem de couro curtido para tambor. É inegável, o Brasil cresceu. Os números aí estão para comprovar. A inflação está sob controle; o Pré-Sal surge com boas perspectivas; vêm aí as Olimpíadas e a Copa do Mundo de Futebol. Mas fica no ar a pergunta do ex-presidente do Santander, Fábio Barbosa. Em recente palestra que circula na internet, ele indaga: ‘como é ir bem num País que vai mal’? Não vamos nos iludir: o Brasil vai mal por outros lados. E o pior dos males é justamente a crescente ‘falta de educação’. Educação dita sob todos os aspectos. Incluída nesse rol a falta de civilidade que a cada dia se agrava mais. A questão do barulho em Belo Horizonte ou em Montes Claros está intimamente relacionada a essas faltas: de educação e de civilidade. De tanto faltar e de tanto repassar essa falta, as pessoas perdem a noção do certo e do errado em relação ao espaço do outro. Então avançam sem o menor escrúpulo como se limites não existissem. A falta de respeito pelos ouvidos do outro chegou a tal ponto que certos cidadãos se acham no direito de ligar o som (do carro, da casa ou do estabelecimento comercial) ao ponto de estremecer as paredes a qualquer hora do dia ou da noite. Essa gente é incapaz de imaginar a possibilidade de estar prejudicando até a si mesma. Quem se sujeita ao barulho com o tempo tende a ficar surdo. Não é necessário ser otorrinolaringologista para percebe o risco que se corre ao se expor a tanto barulho. Quando a pessoa se acostuma com o barulho é então sinal do mal instalado. Os cidadãos montes-clarenses mais lúcidos percebem: o barulho, somado a outros tantos problemas da cidade, é que afasta Montes Claros do ranking das vinte cidades brasileiras de porte médio candidatas a metrópoles. Enquanto a população da cidade cresce, e com a população crescem os problemas, as autoridades e os cidadãos montes-clarenses assistem ao surgimento de favelas. A população incha. Os problemas socioeconômicos aumentam à medida que Montes Claros se perde em meio ao crescimento populacional. O mais intrigante, no entanto, é o silêncio dos cidadãos que cumprem com as suas obrigações. Mal reclamam entre eles mesmos, e juntos não se posicionam frente aos problemas. O que mais espanta é o distanciamento das pessoas de bem, como se o barulho (e outros problemas) não lhes dissesse respeito. Mas tudo está interligado. Ninguém é uma ilha. Daqui a pouco, de uma forma ou de outra, o problema bate às portas. É para ficar de boca aberta com a condescendência das autoridades constituídas em relação aos que fazem barulho, desrespeitam a paz e os direitos alheios. Passa da hora de os três poderes tomarem uma atitude em relação aos abusos, antes que esses abusos se tornem incômoda rotina. E a partir deles se constitua, de fato, o ‘quarto poder’. Montes Claros é a mais importante cidade entre Belo Horizonte e Salvador. Sempre foi considerada ‘cidade pólo’. Antes recebia gente de toda a região Nordeste. Hoje recebe gente de todo o Brasil. Pelo destaque como urbe hospitaleira, entre outras qualidades, Montes Claros deve figurar entre as cidades que merecem tratamento ‘vip’ quanto a obter recursos municipal, estadual e federal. Mas para ser reconhecida, a cidade precisa do posicionamento firme dos seus representantes políticos e a compreensão das pessoas de boa vontade em relação a questões primárias, como por exemplo: ‘o direito de um termina onde começa o direito do outro’. O barulho bom de ouvir devia ser feito pelos políticos em busca de recursos públicos para oferecer mais educação e construir o bem-estar de toda a sociedade montes-clarense.

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