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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 19 de abril de 2024
 

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Mensagem: CIDADE LIDER JOSÉ PRATES Montes Claros nasceu com a vocação de liderança. Ainda Arraial das Formigas já apresentava empenho no desenvolvimento, tanto no campo comercial como educacional, visando alavancar a prosperidade do lugar. No ano de 1759 os então administradores organizaram o patrimônio do arraial e fundaram a primeira escola pública, dando inicio à alfabetização dos habitantes que na quase totalidade, eram analfabetos. No decorrer do tempo, o desenvolvimento foi-se aumentando, atraindo pessoas em busca do comercio que prosperava, principalmente a pecuária que assumia a liderança do comércio regional. A seca, um problema que até hoje castiga o norte de Minas e parte do sudoeste baiano, prejudica a lavoura e o desenvolvimento daquela parte do país, desde muito tempo passado. Quando Antonio Gonçalves Figueira ganhou uma sesmaria de uma légua de largura por seis de comprimento, que chamou de Fazenda Montes Claros, a seca já existia porque sempre foi esse o clima da região que até hoje, pouco mudou. Diante do clima seco, o sesmeiro Gonçalves sentiu a dificuldade para o desenvolvimento da agricultura que seria o ideal naquela região inexplorada. Vendo que o mato rasteiro que existia em grandes extensões poderia servir de pastagem natural, optou pela pecuária que na sua visão, seria a única opção de desenvolvimento comercial da sesmaria. Para levar a cabo essa opção começou a abrir estradas para os povoados visinhos e para o rio São Francisco. Era grande o seu interesse de expansão do comércio de gados, e com isto, procurou ligar-se ao Rio das Velhas e também à Pitangui e Serro. A região foi se povoando e a Vila das Formigas, depois cidade de Montes Claros, transformou-se no maior Centro Comercial de Gado, no Norte de Minas Gerais. Ao longo dos anos foi-se firmando até tornar-se a principal atividade comercial da região, exteriorizando as vendas com a exportação do gado para abate nos grandes frigoríficos do sul do país, chegando ao clímax nos anos quarenta e cinqüenta. Como em Montes Claros daquele tempo, não existia frigorifico capaz de abater grande quantidade de reses, essas eram vendidas “em pé” e assim transportadas pela estrada de ferro, em vagões próprios que compunham o “trem de gado” com oito vagões conduzindo vinte reses cada um. No mesmo trem ia o “tratador”, um empregado da fazenda exportadora, que cuidava dos animais até sua entrega ao frigorifico de destino. A pecuária durante muito tempo foi o único investimento seguro da região. O Dr. João Alencar Atayde foi o grande fazendeiro incentivador da pecuária que via nessa atividade a única compatível com Montes Claros de então, porque existia dificuldade para implantação da industria com a deficiência de energia elétrica na região. A cidade crescia, o comercio varejista e atacadista crescia, mas, a energia era pouca. A única indústria existente nessa época era a pequena fábrica do Cedro, uma fabrica de tecidos que vinha se arrastando desde 1882. No inicio dos anos 50, foi instalada a fabrica de óleo comestível, de caroço de algodão. Mesmo assim, a cidade crescia e recebia novos habitantes, a maioria jovens que vinham de outros lugares em busca de estudos, vez que na região, era o único lugar onde existiam ginásios e escola normal. Em 1953 com o dr. Juscelino Kubtscheck no governo do Estado de Minas e já candidato à presidência da República, uma comissão de políticos montesclarenses, chefiados pelo Deputado Antonio Pimenta, foi recebida em palácio e conseguiu duas coisas importantes que contribuíram para o grande desenvolvimento da região: a inclusão do norte de Minas no polígono das secas e a vinda da CEMIG até Montes Claros, fornecendo energia suficiente para instalação de industrias o que se concretizou definitivamente em 1965 com a transmissão para Montes Claros da energia elétrica produzida em Tres Marias. Em dezembro de 1959, é promulgada pelo Senado Federal a lei 3.692 que cria a SUDENE abrangendo 42 municípios do norte de Minas, estabelecendo Montes Claros como sede regional. Essa lei estabeleceu a isenção de impostos na importação de equipamentos para qualquer industria a ser instalada na região abrangida pela SUDENE, como, também, os Estados abrangidos minimizaram a cobrança de impostos às industrias que fossem instaladas. Foi, então, que teve inicio a industrialização de Montes Claros. como resultado do interesses de diversas empresas nos benefícios oferecidos pela SUDENE, trazendo, então, um grande desenvolvimento sócio-econômico para a cidade. A pecuária não desapareceu engolida pela industria. Diminuiu. Hoje está em sessenta por cento do que era antes. Tambem a industria, segundo noticias que nos chegam pelos jornais, diminuiu seu ritimo de crescimento e algumas deixaram de existir, afetando o poder econômico da cidade. Enquanto isto, outros lugares começam a emergir no cenário econômico, como Janauba que agora se destaca, podendo num futuro, talvez não muito distante, emparelhar-se com Montes Claros. Quem sabe? (José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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