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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 29 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: PREGANDO NO DESERTO José Prates Quando dizemos “Pregar no deserto” não estamos nos referindo à pregação de São João Batista, anunciando a vinda do Messias. O que nos referimos com essa expressão proverbial, é o grito do montesclarense contra o barulho dos carros de som, das festas ao ar livre; dos bares e lanchonetes; dos pagodes e até de “bicicletas de som” que não têm hora pra começar nem para parar a barulheira, agredindo o meio ambiente e não permitindo o sossego de ninguém. As queixas da população, que circulam na imprensa local, são veementes, mas, nem por isso são ouvidas ou levadas em consideração por quem quer que seja. O Sr. Prefeito ou qualquer outra autoridade responsável pela administração municipal, nunca vêm a publico para uma simples satisfação aos munícipes vitimas desse barulho que, como dizem as reclamações, “não deixa ninguém dormir”. Os reclamantes são cidadãos cumpridores dos seus deveres para com o município, pagando seus impostos regularmente. O clamor desses cidadãos cai no vazio, como uma pregação no deserto, onde não existe quem a ouça. O povo não reclama à-toa, sem conhecimento ou sem causa. O barulho incomoda. Tanto assim, que existem leis que o proíbe após 22 horas seja lá onde for. A própria Constituição Federal que é a lei maior, no seu artigo 225 estabelece que ao cidadão cabe o direito ao meio ambiente sadio, sem poluição de qualquer natureza. Diz o artigo que “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” Ignorar as reclamações populares, feitas de maneira comedida, é ignorar a Constituição, o que não é próprio de um Prefeito Municipal como o montesclarense, homem afeito ao governo e conhecedor das leis. Aliás, as informações sobre o prefeito como cidadão, são boas. Nós montesclarenses que vivemos em outras placas no país ou fora dele, continuamos montesclarenses. Lendo diariamente o Mural, vivemos Montes Claros e o sentimento de amor por essa terra ressurge com força, fazendo-nos viver as suas alegrias e chorar as suas tristezas. Os problemas que afetam sua população nos afetam emocionalmente porque somos parte dela. O barulho que incomoda e causa o desassossego de muitos, não nos atinge fisicamente. O que nos atinge é o sofrimento, a angustia daqueles que são privados do descanso após um dia de labuta, á vezes árdua. É por isso que a eles nos irmanamos na luta pelo fim desse estado de coisas que sóe existir onde a voz do povo não é ouvida. É necessário lembrar que o povo é dono do poder e isto nos afirma a lei magna do País em seu artigo 1º, Parágrafo Único, onde diz que ´Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta constituição´. Logo, infere-se que todo poder é emanado do povo que é constituído do indivíduo, do simples alguém, da pessoa anônima, do ser humano, do sujeito de direitos, do cidadão simples que paga seus impostos. Esse povo tem direitos que não podem ser negados e os principais desses direitos são a paz e a tranqüilidade que lhe garantam condições para a vida. O Prefeito Municipal tem o governo do município por delegação desse povo que lhe elegeu, na certeza de um governo eficaz. Ao povo, então, ele deve obediência e satisfações no exercício do mandato que esse povo lhe confiou. Teoricamente, o governo é do povo e em seu nome é exercido. Nesse caso, as suas reclamações quando justas, devem ser ouvidas com atenção e os seus pedidos, se também, justos devem ser atendidos sem discussão. Se tal não acontece, é manifestação de desprezo ao munícipe e desrespeito à Constituição, o que não se admite numa autoridade eleita pelo povo e que conhece os seus deveres. O barulho que perturba e prejudica o descanso do trabalhador, objeto das reclamações, é comprovado e sua causa é do conhecimento de todos; o volume de reclamações é grande, vindo de todas as partes, como vemos na imprensa local. É, então, um dever das autoridades municipais darem-lhes atenção, ou, pelo menos, virem a publico para uma satisfação aos reclamantes. Onde está a Patrulha do Silencio, anunciada com festas e aplausos? Desapareceu ou nunca existiu? (José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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