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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 28 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: Gigante Verdadeiro Alberto Sena Sempre acreditei na existência de gigantes. Desde criancinha, por causa das histórias infantis da época. Da infância em diante continuei a acreditar em gigantes. O que mudou com o tempo foi o tamanho deles. Sim, porque há gigantes de todos os tamanhos ao gosto de quem quiser acreditar neles. Olha, aqui, bem no particular: em todas as fases da minha vida, eu convivi, conheci e reconheci gigantes. Vou dar um exemplo: Darcy Ribeiro. Ele é ou não é um gigante? Está vivinho, inclusive, na sua obra. E, no entanto, era de estatura baixa. O importante é ser gigante por dentro. Gigante por fora, fisicamente, deve ser a coisa mais chata! Imagina: uma montanha de gente, respirando camada telúrica muito alta. Não deve ser bom! Mas, retomando: na minha convivência com gigantes – e gigantes montes-clarenses, é preciso que se diga – convivi com o médico, historiador, estudioso de folclore, Hermes de Paula. Uma vez, fui a casa dele, na Avenida Coronel Prates, bem do lado do prédio onde foi um seminário e depois a sede da Prefeitura Municipal de Montes Claros. Desde a entrada, a partir do portão azul, a casa de Hermes de Paula se parecia com ele, com plantas de um lado e do outro de uma passarela, antes de chegar ao alpendre. Revejo, agora, pelo menos uma mangueira frondosa e outras árvores frutíferas dos lados e nos fundos da casa. Fui lá fazer uma reportagem sobre ‘o esteio do sertão’, como o chama o grande Téo Azevedo, que é lá do Alto Belo, a Sua Excelência, o Pequi. E para regar uma conversa sobre pequi, nada melhor do que o licor do próprio, por Hermes de Paula mesmo preparado. Quase sai de lá trocando as pernas. Mas eu queria falar também de outro gigante, o médico João Valle Maurício. Pequeno no tamanho, mas gigante na coragem de combater a ‘Doença de Chagas’, transmitida pelo ‘barbeiro’, inseto que ainda hoje é visto nas cercanias das cidades, afugentado do habitat devastado. Ele gostava mesmo é de se esconder em frestas de casas sem reboco, de adobe. Mas pelo visto, mudaram-se os costumes e o bicho se esconde agora em qualquer lugar. Outro gigante: o médico Mário Ribeiro, que não por acaso, é irmão de Darcy Ribeiro. Muito do que há em Montes Claros em matéria de educação, cultura e lazer tem as impressões digitais de Mário. Este, até no tamanho físico podia ser chamado de gigante, mas ele é grande por dentro do que fez pela cidade. Poderia ficar aqui citando nomes de gigantes o dia inteiro. Com uns convivi. Outros, eu tive o prazer de conhecer, pessoalmente. E ainda com outros mais convivo no dia a dia. É preciso só ter olhos para ver e ouvidos para escutar e saber identificar os gigantes, porque uns são fogo fátuo. Revolvo o tema ainda hoje porque, semana passada, falei aqui sobre os Nephilins, gigantes com citações na Bíblia Sagrada, cujos esqueletos teriam sido encontrados por arqueólogos na Grécia e circulou tudo pela internet. José Carlos, pelo visto, um dos meus sete leitores – preciso multiplicá-los, 70 vezes sete – me envia mensagem para alertar sobre a possibilidade de montagens fotográficas, dizendo-se cético e que tudo aquilo pode ser uma farsa. Pode José Carlos, e deve ser mesmo. Particularmente, acredito em gigantes da estatura dos citados. Mas convenhamos, nós não estamos mais na idade de acreditar ipis literis em histórias como ‘João e o pé de feijão’, mas que foram importantes para o nosso desenvolvimento mental e são importantes ainda hoje para as gerações que chegam é inegável. Mas em histórias com registro fotográfico, sejam elas montagens ou não, é possível que muito adulto acredite. Ou não. Farsa ou não, histórias como as dos Nephilins funcionam nas mentes adultas com intensidade e importância semelhantes às histórias dos gigantes, contadas na infância, funcionaram bem na formação da mente de crianças mil – ou aos milhões. Aguçam o imaginário. Tudo é energia. A matéria é energia. No ato de escrever a gente despende energia. É ilusório o que os olhos veem. Verdadeiro mesmo – Nele acredito com os olhos fechados; dormindo ou acordado – é o Gigante Maior, que criou tudo, inclusive os gigantes por fora e por dentro. Nele acredito, e recomendo acreditar. Mas melhor que acreditar é sentir Deus em espírito, mente e coração.

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