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Mensagem: O TECO-TECO INGLÊS Agosto de 1960. Houve uma ventania de dar gosto nas chapadas de Coração de Jesus, terra do emérito Pedrim de Araujo e um Teco Teco transportando empresários ingleses faz um pouso mais ou menos forçado em uma estrada próxima à cidade. O piloto deixara o seu mapa e plano de vôo na cidade de Barreiras- Bahia e pousara para viabilizar a sua projetada viagem. Estavam urrando de fome e sede, já às 3 da tarde e necessitavam encontrar alguém que falasse a língua da Rainha, tomar umas e beber várias cervejas casco verde. Afinal, ingleses são chegados e apreciam... Se precavendo contra as intempéries da natureza, amarraram a leve aeronave com uma corda a um pé de mulungu. Rodaram a cidade toda sem encontrar um intérprete e foram parar na mesa de uma birosca do Mercado Público. Enquanto tomavam umas e degustavam a contragosto o arroz com ovo servido na espelunca, espalhou-se pela cidade o boato de que aqueles estrangeiros eram compradores de fazendas e carregavam uma fortuna em dinheiro vivo, oculta, certamente, no estofamento ou em algum lugar do avião. Logo logo alguém localizou um advogado que falava inglês, oriundo da Capital em viagem de negócios e o encaminhou até os filhos da Rainha, para entretê-los numa conversa bem demorada. Com o boato da grana fácil, formou-se em pouco tempo uma corja de garotos pestinhas na praça central, prontos a executar uma ação retaliadora. Dentre eles, Walfrido, Nenego, Dêma Boca, Din Surubim, Raimundo Sete Voltas, Noca, Murilo, Biê e muitos outros. Desamarram a aeronave, a empurraram e esconderam em um matagal próximo. Munidos de canivetes e facas rasgaram todo o estofamento e desmontaram o que foi possível em busca da cobiçada fortuna. Fuçaram tudo, no maior arregaço e nada encontraram. Os ingleses, atônitos, após localizarem o Teco-Teco seqüestrado, registraram o boletim de ocorrência na Polícia, com o delegado Camilo Lelis, que partiu para as investigações. Localizou a farândola de diabretes e solicitou a presença dos seus pais e responsáveis na delegacia. O pai do nosso Walfrido o encontrou jogando no campo de pelada e deu-lhe uma dura: “Nêgo, venha cá cabra safado!” Agarrou-o pelos cabelos e o conduziu até a presença da autoridade, entregando-o nas garras da lei. Foi aplicada uma multa de trezentos contos em cada um dos participantes, mas, no frigir dos ovos, somente o pai do Walfrido (um pernambucano durão) pagou! O delegado requisitou todo o estoque de esparadrapo do Posto de Saúde da cidade, utilizado para quebrar o galho, fazendo uma gambiarra no interior da aeronave. Os súditos de sua majestade, de cabelos arrepiados, voaram em direção a Moc City, Capital da Republica do Pequistão, onde aplacaram o estresse tomando uma providencial Viriatinha...
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