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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: PM é preso por liderar quadrilha - Jefferson Lorentz e Rafael Rocha -Uma quadrilha de 12 contrabandistas foi desmantelada ontem em Montes Claros, no Norte de Minas, após a operação Cortina de Fumaça, da Polícia Federal. O grupo agia com extrema sofisticação e era liderado pelo cabo da Polícia Militar Antônio Evilásio Pereira Ruas, 39, há 21 anos na corporação. O bando trazia cigarros do Paraguai e revendia a mercadoria no Norte de Minas, em cidades como Janaúba, Claro dos Poções, Rio Pardo de Minas, Buenópolis, Bocaiúva e Porteirinha, além de Montes Claros, sede do grupo. Para garantir o sucesso das operações praticadas há cerca de dez anos, Ruas levou para o crime um irmão, uma irmã e uma cunhada. As investigações duraram nove meses. A operação de ontem contou com cem policiais federais e cumpriu 19 mandados de busca e apreensão. O resultado da ação foi a apreensão de 65 mil maços de cigarro, três armas de fogo, três veículos, cheques e quantidade em dinheiro não revelada. Parte do material apreendido estava no sítio do PM, avaliado em R$ 500 mil. Os policiais também apreenderam um caderno de anotações que comprova a alta movimentação financeira da quadrilha, que chega a lucrar R$ 1 milhão. O delegado Fernando Antônio Bonhsack disse que a quadrilha ia periodicamente ao país vizinho, efetuava compras da ordem de R$ 200 mil e enchia um caminhão. Cada um dos doze presos tinha uma função específica na quadrilha, que contava com gerente, distribuidores, transportadores e tesoureiros. ´Funcionavam como empresa, era uma cadeia de comando. Eram articulados e hierarquizados. Havia até olheiros que davam coordenadas para desviarem da fiscalização´, contou o delegado, que chefiou as investigações. ´Era a maior quadrilha do segmento aqui no Norte de Minas´, completou. Bonhsack disse que ainda não há informações sobre os clientes do bando. O que se sabe é que a maioria eram estabelecimentos pequenos. ´Eram bares que até vendem cigarro picado´, disse o delegado. Líder. Lotado no município de Claro dos Poções, a 74 km de Montes Claros, o cabo líder da quadrilha tinha histórico conturbado. Um processo administrativo foi aberto contra ele há quatro anos para investigar supostos golpes que ele teria dado em fornecedores da construção civil em Montes Claros. O processo foi arquivado por falta de provas. ´Ele também não tinha bom comportamento na corporação´, resumiu o tenente-coronel Reginaldo Lourenço, seu superior imediato. O esquema - A quadrilha composta por doze pessoas atuava há cerca de dez anos com contrabando de cigarros. - De caminhão, eles iam até o Paraguai e contavam com a ajuda de olheiros para se desviarem dos postos de fiscalização da polícia. A cada ida ao país vizinho, os criminosos efetuavam a compra de R$ 200 mil em cigarros contrabandeados. - Eles vendiam os cigarros em várias cidades do Norte de Minas Gerais, como Montes Claros, Porteirinha, Janaúba, Rio Pardo de Minas, Buenópolis e Bocaiuva. Cativeiro Crime. No sítio do cabo Evilásio também foram apreendidos animais silvestres. Duas araras, um papagaio e um pássaro preto eram criados em cativeiro sem autorização de órgãos competentes. Cabo mantinha veículos, sítio e alto padrão de vida - O militar Antônio Evilásio Pereira Ruas, 39, conhecido como cabo Vila, mantinha um estilo de vida que não era condizente com sua renda mensal de aproximadamente R$3.000, o que chamava a atenção de pessoas próximas e, mais ainda, da polícia. Além do sítio avaliado em R$500 mil no qual parte do material contrabandeado foi encontrado, Ruas costumava se exibir carros caros, como uma caminhonete S10 nova, um Honda Civic e um Pajero. ´Agora, ele vai precisar provar que adquiriu esses bens de forma lícita´, declarou o delegado Fernando Antônio Bonhsack, da Polícia Federal. O próximo passo das investigações, segundo o delegado, será a realização do levantamento detodos os bens do acusado e o ressarcimento ao erário. ´Também iremos pedir bloqueio de todos os bens e das contas bancárias pertencentes a ele´, completou o chefe da operação. Prisão. O cabo Ruas está detido no 10º Batalhão da Polícia Militar de Montes Claros. A PM informou que será instaurado um procedimento administrativo para investigar a atuação do militar. Caso as acusações de formação de quadrilha e contrabando sejam comprovadas, Ruas deverá ser expulso da corporação. (RRo)

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