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Mensagem: Lotação ameaça enterros na cidade - Para enterrar as pessoas que morrem diariamente na cidade de Montes Claros, no Norte de Minas, a prefeitura da cidade está removendo os restos mortais de corpos sepultados há mais de três anos nos cemitérios Bonfim e Boa Esperança, que estão com a capacidade esgotada. Segundo o prefeito Luís Tadeu Leite, em alguns meses, os sepultamentos podem ser suspensos nos dois principais cemitérios da cidade. Ele alega que a população de Montes Claros cresceu e chegou aos 450 mil habitantes, mas nenhum novo cemitério foi construído. O prefeito conta que a licitação para a construção de um novo local para os sepultamentos foi embargada pelo Tribunal de Contas de Minas Gerais, em maio, após denúncias de irregularidades pelo Sindicato dos Cemitérios e Crematórios do Brasil. O sindicato alega que não houve audiência pública. O Ministério Público está investigando o caso. ´Em algum momento, teremos que suspender os sepultamentos. Mesmo retirando os restos mortais, essa capacidade também vai se esgotar´, alerta o prefeito. A prefeitura tem desocupado uma média de 10 covas por dia para atender a demanda. Nos dois cemitérios, estão enterradas cerca de 70 mil pessoas. Muitas das sepulturas particulares têm covas vagas, mas não podem ser usadas. A falta de covas na cidade não é novidade. O problema já havia sido detectado em 1997. Em 2001, uma área anexa a um dos cemitérios foi desocupada para que novas covas fossem construídas. (Com agências)

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