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Mensagem: A chuva que caiu em M. Claros é pouca, muito pouca, mas já operou o milagre da vida. As montanhas ao redor, nossas himalaias, andes, apeninos, pireneus, urais, alpes, seja lá o nome que quiseram, já abandonam o tom enfermiço dos últimos meses, pardacento, e adquirem a cor de jandaias e periquitins que lá vão fazer os seus ninhos, nas alegres manhãs. Prestem atenção nas montanhas. Elas nos vigiam, protegem, guardam, mas nem assim estão livres das mãos sanhudas cá de baixo. Veja que a ferida na serra dos montes claros ainda está lá, aberta, testemunhando a última agressão. A propósito: quem autorizou que as chácaras no sopé da montanha fossem transformadas em lotes avulsos a esfarinhar e encosta, a escalar o nosso colosso? Quem deixou as impressões digitais nessa agressão última? A resposta a isto virá num tempo não muito distante, para desnudar esta ofensa, mais uma, ao maior patrimônio da cidade. Suas muralhas naturais. Que a dinamite prossegue destruindo, à luz do dia, a céu aberto, abrindo fendas nos corações. Lembrai-vos, por fim, das encostas deslizantes de Angra dos Reis. Que Deus, clemente e misericordioso, nos proteja!

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