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Mensagem: Joias roubadas foram derretidas - Luiz Ribeiro - Praticamente todas as joias roubadas do apartamento do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela e da mulher dele, Maria Carvalho Mendes Villela, foram vendidas para um ourives em Montes Claros, Norte de Minas, e acabaram sendo derretidas. Somente foi preservada uma peça, um pingente, de menor valor, que o ex-porteiro Leonardo Campos Alves, autor confesso do crime deu de “presente” para o ourives e sugeriu ao homem, que, por sua vez, viesse a presentear a esposa com a mercadoria. A recuperação da peça é considerada de suma importância no inquérito que investiga o crime. Até agora, é a prova material do roubo ocorrido no apartamento do casal Villela, configurando o crime de latrocínio – roubo seguido de morte. O ex-porteiro disse à polícia que vendeu as joias para o ourives Dorgival Celestino Pereira, de 43 anos, o “Chopinho”, morador de Montes Claros. O Estado de Minas teve acesso, com exclusividade, à cópia do depoimento de “Chopinho”, no qual confirma que, no fim de novembro de 2009, comprou das mãos de Leonardo certa quantidade de joias, que totalizou R$ 4 mil – o que seria bem menor do que o valor de todas as joias retiradas do apartamento em Brasília. O ourives declarou que Leonardo havia comparecido a seu estabelecimento, no Centro de Montes Claros, anteriormente, oferecendo joias para vender. Porém, ele argumentou que jamais desconfiou que se tratasse de produto roubado. “Estou tranquilo de que não devo nada. Tenho muita coragem para trabalhar e muita fé em Deus”, disse “Chopinho”, que, alegando ser orientado por seu advogado, preferiu não fornecer detalhes sobre a maneira que Leonardo se apresentou a ele pela primeira vez. Por outro lado, falou estar disposto a contribuir com a Justiça. Ele deverá responder a processo por receptação. No depoimento que prestou à delegada Deborah Menezes, chefe da 8ª Delegacia do DF, anteontem à noite, em Montes Claros, “Chopinho” contou que, em novembro do ano passado, quando lhe vendeu as mercadorias, Leonardo alegou que as joias pertenciam a ele e “a um amigo”. Entre outras peças que Leonardo ofereceu ao comprador, havia pingentes, anéis e pulseiras, “todos bem amassados”. Havia um pingente em forma de folha. De acordo com o depoimento, na hora da negociação, considerando que a peça era de menor valor – por ser apenas “encascalhada de ouro”, em atendimento a um pedido do ourives, Leonardo deu o pingente para “Chopinho”, a fim de que ele “pudesse presentear” a esposa. “Chopinho” contou ainda que, desde que o negócio foi feito, Leonardo desapareceu e só teve notícia dele terça-feira, quando soube do envolvimento do ex-porteiro com o crime em Brasília. De imediato, se dispôs a colaborar com as investigações, levando os policiais a sua casa, onde foi encontrado o pingente que havia dado de presente à esposa. PATRIMÔNIO Nos últimos dias, policiais de Brasília fizeram investigações também em Montalvânia, a fim de levantar o crescimento do patrimônio do ex-porteiro Leonardo e de seus familiares. Desde que retornou à cidade, em agosto de 2009, depois do crime, Leonardo montou um bar e uma loja de bijuterias. Além de joias, vendeu dólares em Montes Claros. Um dos compradores foi o comerciante Wellington dos Santos Veloso, o “Guga”, que, em depoimento, confessou ter recebido cerca de US$ 5 mil de Leonardo, em pagamento à compra de celulares. Guga também deverá responder a processo por crime de receptação.
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