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Mensagem: Prefeito de São Francisco é afastado do cargo por suspeita de fraudes - Júnia Brasil - O prefeito de São Francisco, norte de Minas, foi afastado do cargo nesta terça-feira, 23, por suspeita de fraudes administrativas e desvio de dinheiro. O afastamento do prefeito José Antônio da Rocha Lima faz parte da operação “Conto do Vigário” do Ministério Público, que investiga fraudes em concursos na prefeitura e o suposto desvio de R$ 5 milhões dos cofres públicos do município. Segundo o MP, 18 mandados de prisão e 34 de busca e apreensão foram emitidos. Até o fim desta tarde, 14 suspeitos já haviam sido presos. Foram apreendidos documentos, notas ficas e computadores da prefeitura, da casa dos suspeitos e até de empresas que teriam participação no esquema de desvio de verba. De acordo Promotor Paulo Márcio as investigações iniciaram há seis meses e outros municípios do norte do Estado também estariam envolvidos. Ainda de acordo com o promotor, as investigações ainda estão em andamento mas que a princípio pelo menos seis empresas da cidade teriam participação no desvio de verbas públicas. O negociante Fabrício Viana Aquino, apontado como um das cabeças da quadrilha, foi um dos quatorze presos durante a operação. Fabrício, qua já havia sido preso em 2006 por suspeita de desviar recursos da Fundeb, foi preso nesta manhã, em Januária. A esposa dele, Isabel Cristina Carvalho Francisco, também foi presa. Até o meio-dia de hoje também já haviam sido presos Aurélio Gomes de Melo Júnior, Elaine Gonçalves Rodrigues, Renato Veloso Silva, Januário Juliano Silva Neto (dono da Trimano Auto Peças Ltda), o advogado Wallace Ribeiro Almeida (dono de empresa que fraudava concursos públicos) e Hamilton Miranda Santos. Com Hamilton a polícia encontrou uma arma de fogo com numeração raspada. Durante as investigações, O MP também descobriu um esquema de fraudes em concursos públicos da prefeitura. Segundo o MP, foram encontrado casos de concursados aprovados que sequer fizeram a inscrição no processo seletivo. Foram apreendidos documentos que pertenceriam às empresas Minasfarma Distribuidora de Medicametos, Hiper Distribuidora de Medicamentos, Trimano Auto Peças, Construtora São Francisco e Norte Máquinas. Alguns dos documentos apreendidos estavam separados em pastas com nomes das Prefeituras de outros municípios, como Jaíba, Januária, Capitão Enéas, Capelinha e Mirabela. Nome da operação A operação foi batizada pela polícia como “Conto do vigário” porque o prefeito de São Francisco, um dos principais suspeitos no esquema, é padre. O prefeito é filiado ao Partido dos Trabalhadores, o PT, e exerce o segundo mandato na prefeitura da cidade.
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