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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 18 de maio de 2024
 

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Mensagem: O “Alemão” e o “Feijão” Waldyr Senna Batista Não chegaram a ser comemorados, mas foram recebidos com discreto otimismo, pelos setores policiais, os resultados de levantamento que situa Montes Claros na sétima posição no ranking da criminalidade do Estado. Os dados do ICV – Indice de Criminalidade Violenta , catalogados pela FJP (Fundação João Pinheiro), referem-se ao primeiro semestre deste ano, apontando queda de 18,4% no Estado. Com 32 homicídios no período, Montes Claros teve redução de 23,14% em crimes violentos; 14,41% em homicídios; e 22,73% em crimes violentos contra o patrimônio. Ao divulgar os números, a própria Polícia Militar admite que, quando forem computados os crimes ocorridos no segundo semestre, Montes Claros “poderá galgar alguns degraus” nesse quadro macabro, uma vez que o total anual de homicídios já é de 71. Ou seja, a sétima posição é provisória. Em outro comunicado divulgado, o coronel Franklin de Paula Silveira, comandante da 11ª Região de Polícia Militar ( RPM ), informa que, na região Norte de Minas, houve redução mais significativa do que a estadual, em torno de 20%, atribuindo isso ao trabalho conjunto da Polícia Militar com a comunidade, imprensa e demais órgãos do sistema de defesa social, graças ao que, segundo ele, aumentou a “sensação de segurança da sociedade”. E anunciou novas medidas a serem implantadas, entre elas a 8ª Companhia de Missões Especiais, com efetivo de 120 policiais, e mais sete unidades de Polícia Pacificadora ( UPPs) ) no município. O comandante destacou ainda o sucesso de patrulhas rurais e de programa como o Proerd , de erradicação das drogas. De fato, as estatísticas são favoráveis e o aparato de que dispõe a Polícia na cidade e na região sugerem que os resultados sejam favoráveis. Mas, na prática, não é isso o que se percebe, estando muito longe o nível de “sensação de segurança” preconizado pelo comandante. As execuções sumárias continuam, devendo fechar o ano com mais do que o dobro do índice tido como tolerável pela OMS ( Organização Mundial de Saúde ), e a situação é alarmante quanto aos crimes contra o patrimônio, que acontecem às dezenas, diariamente. Haja vista os assaltos a joalherias e a outros estabelecimentos, praticados à luz do dia no centro da cidade, apesar do sistema “olho vivo” em funcionamento, e a atuação continuada de assaltantes em áreas como a avenida Magalhães Pinto, desde o trevo nas proximidades da Codevasf até o da Cowan. Nesse percurso, praticamente todos os estabelecimentos comerciais já foram assaltados, alguns mais de uma vez, sem que a Polícia tenha conseguido identificar e prender os autores. Há informações de que esses criminosos estariam na área do Feijão Semeado, onde a Polícia não entra,segundo teria sido informado a comerciantes que registraram boletins de ocorrência na Delegacia. Esses empresários são de opinião que a Polícia Civil tem sido pouco eficiente, quase sempre limitando-se ao registro das ocorrências. Com os recentes acontecimentos no Rio de Janeiro, há o temor natural de que os bandidos expulsos do chamado “complexo do Alemão” migrarão para outros pontos do País, para dar sequência à sua ação criminosa. Montes claros, que de há muito integra a rota do narcotráfico, poderá vir a ser o destino de alguns deles. Para detê-los em sua fuga desesperada, espera-se que funcione a contento o aparato bélico da PM, que tem produzido números otimistas. Quanto à PC, está devendo explicações à sociedade. (Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a ´Coluna do Secretário´, n ´O Jornal de M. Claros´, publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil)

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